Com a saída às vésperas do UFC 200, Jon Jones perdeu, além da chance de recuperar o cinturão dos meio-pesados, um dos maiores salários já pagos pela organização. De acordo com o empresário de ‘Bones’, Malki Kawa, o pagamento do Ultimate ao lutador para a revanche contra Daniel Cormier seria de ‘oito digítos’. O agente ainda ironizou a possibilidade de o ex-campeão ter se dopado de propósito, colocando em risco a bolsa milionária.

“Estamos falando de um pagamento de oito cifras. Oito cifras. Conor McGregor pode falar que ganha mais que todos, mas Jon é, de longe, o cara mais bem pago no UFC. Dos números que foram mostrados, do Brock Lesnar para baixo, Jon estava faturando mais do que todos. Então, perdemos um pagamento de oito cifras. E me incluo nessa, porque ganharia uma percentagem. Se vocês acham que eu falaria com ele: ‘cara, tome esse suplemento’, então eu sou tão estúpido quanto as pessoas que acham que eu sou um facilitador”, declarou Kawa ao MMA Fighting.

O UFC 200 teve uma folha salarial de quase US$ 7 milhões (cerca de R$ 23 milhões). O lutador mais bem pago no evento foi Brock Lesnar, que levou a maior bolsa da história da organização: R$ 2,5 milhões (cerca de R$ 8 milhões). Substituto de Jones no evento, Anderson Silva foi o terceiro mais valorizado, apesar do revés para Daniel Cormier. O Spider faturou US$ 600 mil (R$ 1,9 milhão), US$ 100 mil a menos que Mark Hunt, adversário batido por Lesnar.

Malki Kawa voltou a garantir que Jon Jones não utilizou substâncias ilícitas de consentimento e revelou que os suplementos utilizados serão enviados para testes.

“Jon nunca foi um trapaceiro. Ele não tomou nada sob o nosso conhecimento que esteja na lista de substâncias proibidas. Para eu falar que ele tomou tal suplemento, eu precisava pegar os potes nas minhas mãos para que eu pudesse manda-los para testes. Antes de dizer isso, eu peguei os suplementos, olhei as substâncias e falei: pronto, é isso que a gente acha que causou o resultado positivo”, relatou.