FUTEBOL

FMF desconhece máfia do futebol

Em nota, presidente ressalta que Federação não é citada e nem foi procurada para as investigações. Polícia paulista investiga manipulação de resultados

A Federação Maranhense de Futebol (FMF) informou nesta sexta, dia 8, não ter recebido qualquer documento formal de autoridade pública ou desportiva, acerca das investigações sobre pessoas, entidades e atletas ligados à máfia de apostas no futebol brasileiro. Segundo o noticiário divulgado pelas agências especializadas em esportes, no Sul do país, na próxima semana, suspeitos serão denunciados por formação de quadrilha e manipulação de resultados, conforme adiantou, em São Paulo, o promotor Paulo Castilho. Os crimes preveem penas de até dez anos de prisão. Até agora, são oito presos. Também são investigados campeonatos no Acre, Maranhão e há indícios envolvendo o Paranaense e o Mato-Grossense.
O presidente da FMF, Antônio Américo, afirma que tomou conhecimento do fato por meio da imprensa. “Em nenhum momento, a Federação Maranhense de Futebol é citada como autora, cúmplice e/ou conivente de fatos desta natureza, onde, inclusive, não há apontamento algum de datas, jogos e eventuais pessoas envolvidas”, observa.
A operação realizada pela Polícia Civil de São Paulo chamada ‘Game Over’, que investiga manipulação de resultados no futebol, pode chegar até mesmo à primeira divisão do Campeonato Brasileiro e a outros esportes. É o que acredita a delegada Kelly Cristina César de Andrade, responsável pelo caso. “Estamos na primeira fase da operação. Não descartamos manipulação em jogos da primeira divisão e em outros esportes”, disse, em entrevista coletiva. A operação é conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), em São Paulo.
Aliciamento
O esquema, investigado há nove meses por meio da Operação Game Over, aliciava jogadores, técnicos e dirigentes para “fazer” resultados de partidas das Séries A2 e A3 do Paulista e competições no Norte e Nordeste. Os chefes da organização são asiáticos, sediados na Indonésia, Malásia e China.
“Pretendemos descobrir as ramificações, que são os aliciadores e a quantidade de clubes envolvidos”, disse o delegado Mario Sergio Pinto. Segundo as investigações, os aliciadores ofereciam de 20 a 30 mil dólares para convencer potenciais aliciados a colaborar com o esquema.
Elucidação
A Federação Maranhense de Futebol (FMF) – adianta a nota – “deixa claro que tem total e irrestrito interesse na elucidação dos fatos, tanto que já entrou em contato com a Federação Paulista de Futebol, que tem em sua sede o mesmo foro da acenada investigação, a fim de alinhavar o acesso ao inquérito policial correlato que culminou na citada matéria, de modo a apurar os fatos em sua essência e não por meio de mediadores”, enfatiza.
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