VÔLEI

Seleção masculina estreia na Liga Mundial nesta quinta

No Rio, Brasil terá a maior média de idade dos últimos ciclos olímpicos

A Seleção Brasileira masculina de vôlei estreia na Liga Mundial nesta semana. O último compromisso antes de lutar pelo tricampeonato olímpico nos Jogos do Rio começa justamente na capital carioca — antes de partir rumo à Europa, enfrenta Irã nesta quinta-feira, Argentina, na sexta, e Estados Unidos, no sábado. Essa é a oportunidade de sentir o gostinho — e a pressão — de atuar em casa. Para encarar o desafio, o Brasil aposta na experiência. Com base nos elencos inscritos na Liga Mundial, levantamento do Correio mostra que o grupo comandado por Bernardinho será o mais velho na disputa da Rio-2016.
 
A média de idade dos 16 jogadores que estão sob o olhar criterioso do técnico da Seleção — ele terá de cortar quatro do plantel para a Rio-2016 — é 30,4 anos. O líbero Serginho, que atua em alto nível aos 40 anos, aparece como um dos responsáveis por puxar essa conta para cima. O outro a subir a média poderá, contraditoriamente, fazer a estreia dele em Olimpíadas em plenos 37 anos. Trata-se de William, o segundo levantador da equipe.
 
“A Seleção conta com dois atletas mais acima da curva, mas que atuam em posições específicas que requerem mais experiência mesmo”, explica Ricardo Tabach, assistente técnico do Brasil. O ponteiro Murilo, duas vezes vice-campeão olímpico, é o outro veterano a resistir ao passar do tempo.
 
Além de garantirem a longevidade da carreira com qualidade, os jogadores mais calibrados contribuem na formação do coletivo da equipe. “Os valores que eles trazem das experiências anteriores ajudam a fortalecer o grupo dentro e fora de quadra, no dia a dia do treinamento. Isso é fundamental, principalmente em uma Olimpíada”, ressalta Tabash.
 
Nessa Seleção, sobraram poucos novinhos. Douglas Souza aparece como o principal deles. Aos 20 anos, o ponteiro é o mais jovem do grupo, seguido por Lucarelli, com 24. Além dos dois, apenas quatro atletas do elenco ainda não completaram três décadas de vida: Isac, 25; Maurício Souza, 27; Maurício Borges, 27; e Wallace, 29. “O Brasil sempre teve muito problema de jogar em casa. Nas Olimpíadas do Rio, tem de contar com a experiência de jogadores que já disputaram muitas finais de Superligas e Mundiais”, aprova o argentino Marcelo Mendez, técnico do tetracampeão brasileiro, Sada Cruzeiro.
 
A média de idade elevada, porém, levanta desconfiança em relação à renovação da Seleção, acostumada a subir no pódio nas principais competições mundiais — desde 1984, nos Jogos de Los Angeles, foram cinco medalhas olímpicas e nove taças da Liga Mundial. “Acho que para estes Jogos Olímpicos o Brasil está bem representado. A preocupação tem de ser grande para o futuro, porque o país não tem revelado tantos bons jogadores como fazia”, pondera Mendez. Os jovens talentos ficam por conta de Douglas Souza e Lucarelli. Há ainda a “geração intermediária”, que abrange os trintões, como Bruninho e Lucão.
 
A mais veterana dos últimos ciclos
 
Seleção veterana

A Seleção Brasileira não aparece apenas como a mais velha entre as 12 credenciadas para disputar a Rio-2016. A equipe comandada por Bernardinho é também a mais experiente em relação às dos últimos quatro ciclos olímpicos. Desde o bicampeonato nos Jogos de Atenas-2004, a média de idade do time nacional subiu um ano até atingir os 30,4 anos do atual grupo que participa da Liga Mundial.

Se a comparação for estendida a todas as participações olímpicas em que o Brasil subiu ao pódio, o salto fica ainda mais evidente. Na primeira medalha conquistada pelo vôlei brasileiro — cuja equipe ficou eternizada como a “Geração de prata” nos Jogos de Los Angeles-1984 e influenciou de forma determinante a profissionalização da modalidade no país —, o elenco tinha média de 24,8 anos. Naquela época, Bernardinho estava com 24 anos e era jogador.
 
Pouco mudou para a edição do primeiro ouro do vôlei masculino. Nos Jogos de Barcelona-1992, a geração de Giovane Gávio, Maurício Lima, Tande, Paulão e Cia. também girava em torno dos 24,2 anos. Na conquista seguinte, após passar dois ciclos olímpicos em branco, a média dos jogadores subiu para 28,3 anos, quando se consagraram bicampeões em Atenas-2004; e aumentou na prata dos Jogos de Pequim-2008: 29,3 anos.
Se a comparação for estendida a todas as participações olímpicas em que o Brasil subiu ao pódio, o salto fica ainda mais evidente. Na primeira medalha conquistada pelo vôlei brasileiro — cuja equipe ficou eternizada como a “Geração de prata” nos Jogos de Los Angeles-1984 e influenciou de forma determinante a profissionalização da modalidade no país —, o elenco tinha média de 24,8 anos. Naquela época, Bernardinho estava com 24 anos e era jogador.
 
Pouco mudou para a edição do primeiro ouro do vôlei masculino. Nos Jogos de Barcelona-1992, a geração de Giovane Gávio, Maurício Lima, Tande, Paulão e Cia. também girava em torno dos 24,2 anos. Na conquista seguinte, após passar dois ciclos olímpicos em branco, a média dos jogadores subiu para 28,3 anos, quando se consagraram bicampeões em Atenas-2004; e aumentou na prata dos Jogos de Pequim-2008: 29,3 anos.
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias