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Isadora Cerullo larga sonho de ser médica para fazer história pelo Brasil no rúgbi

Pesquisadora no hospital da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, e recém-formada em direitos humanos e biologia, a norte-americana Isadora Cerullo tinha a vida toda planejada até o ano passado. “Meu caminho estava traçado. Ia fazer a faculdade de medicina e acompanhar as Olimpíadas pela tevê”, conta ao Correio. Mal sabia ela que ajudaria o […]

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Pesquisadora no hospital da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, e recém-formada em direitos humanos e biologia, a norte-americana Isadora Cerullo tinha a vida toda planejada até o ano passado. “Meu caminho estava traçado. Ia fazer a faculdade de medicina e acompanhar as Olimpíadas pela tevê”, conta ao Correio. Mal sabia ela que ajudaria o Brasil a ganhar a medalha inédita do rúgbi em Jogos Pan-Americanos neste mês e teria a chance de jogar pela Seleção na luta por vaga nas Olimpíadas do Rio em 2016.
Apaixonada por esportes — praticou futebol a vida toda —, Isadora começou a jogar rúgbi no segundo ano da faculdade e se encantou pela modalidade. Em Nova York, onde estudava, tornou-se uma das estrelas do time feminino da Universidade de Columbia. Até que, no ano passado, quando havia acabado de ser aprovada no vestibular de medicina, se deparou com a oportunidade de atuar na Seleção Brasileira.
A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) divulgou pelo mundo uma convocação para atletas com conexões com o país. O objetivo era atrair talentos internacionais. Por ser filha de brasileiros, Isadora se adequava ao processo. “Passei quatro meses pensando se valia a pena largar tudo e tentar a sorte no esporte. Mas achei que nunca me perdoaria se deixasse essa oportunidade passar”, diz.
O amor pelo esporte falou mais alto, e a atleta de 24 anos veio ao Brasil pela primeira vez em julho do ano passado participar dos testes para entrar na Seleção. Foi aprovada e se mudou para São Paulo, onde divide um apartamento com outras jogadoras da equipe. A norte-americana naturalizada brasileira tornou-se essencial na conquista do bronze na primeira participação do time feminino do país em Pans.
A família, que mora na Carolina do Norte, foi a Toronto vê-la jogar: os pais, Leda e Márcio; e os irmãos Marcelo, André e Fernando. “Quando decidi me mudar para o Brasil, meus pais ficaram um pouco nervosos, mas sempre me apoiaram completamente para correr atrás desse sonho.”
Agora, a equipe feminina de rúgbi está focada no Circuito Mundial de Sevens, torneio classificatório para as Olimpíadas Rio-2016. O Brasil precisa ficar entre os nove primeiros colocados para garantir a vaga nos Jogos. “Meu maior sonho é participar das Olimpíadas.”
Em 2016, o rúgbi volta a integrar o programa olímpico após 92 anos. A brasileira quer chegar preparada: quando não está jogando pela Seleção, atua pelo time Niterói Rugby. Dessa forma, está sempre treinando e não perde o ritmo.
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