ESPORTES RADICAIS

Câmeras de ação flagram acertos e erros de quem se aventura nos esportes radicais

A ulilização de câmeras de ação como ferramenta para melhorar o desempenho, perceber erros durante a performance e registrar momentos de adrenalina tornou-se um aliado dos praticantes de esportes radicais. A advogada Roberta Thompson Flores, 25 anos, adquiriu um modelo em julho do ano passado. Com mais de 5 mil fotos e vídeos, filmou quase […]

ESPORTES RADICAIS

A ulilização de câmeras de ação como ferramenta para melhorar o desempenho, perceber erros durante a performance e registrar momentos de adrenalina tornou-se um aliado dos praticantes de esportes radicais. A advogada Roberta Thompson Flores, 25 anos, adquiriu um modelo em julho do ano passado. Com mais de 5 mil fotos e vídeos, filmou quase 20 modalidades esportivas: skate, parasail, mergulho, escalada, arvorismo, rafting, quadriciclo, ioga, SUP, tirolesa, altinha (espécie de futevôlei na praia), slackline, frescobol, beach tennis, trilhas em praias e cachoeiras e wakeboard. Segundo ela, a câmera a encoraja a práticas mais arriscadas. Motivo: ela consegue captar os melhores ângulos com excelente qualidade e amplitude.

“Nos fins de semana, sempre estou em busca de um lugar novo para andar de skate, de uma ida ao lago para fazer SUP, de horários para praticar wakeboard ou de uma viagem a Pirenópolis para fazer trilhas e escaladas em cachoeiras, por exemplo”, conta Roberta, que deixa clara a preferência por modalidades radicais. Para ela, saber que conseguirá tirar uma boa foto faz com que a performance se desenvolva melhor. “A minha dedicação e o meu gosto por esportes certamente se intensificam com o fato de ter uma câmera sempre me acompanhando”, admite.
O estudante de 18 anos Lucas Oliveira também aderiu ao dispositivo e criou, com mais cinco amigos, o grupo Boop Brasil (antigo Brasília Radical): “Somos atletas e nos filmamos praticando diversas modalidades. Temos páginas no Facebook e no Instagram e um canal no YouTube nos quais postamos fotos e vídeos”.
De acordo com Lucas, as filmagens mostram vários erros cometidos durante a prática, como movimentos, respiração (captada no áudio) e até momentos em que a situação foge do controle e é necessário tomar atitudes para corrigi-la. “Com o registro, é possível analisar a performance e ter uma visão mais ampla e clara das reações do atleta”, pontua Lucas, que registrou a prática de rope jump, kitesurfe, highline, snowboard, quadriciclo, surfe, parapente, escalada, luta, skate, wakeboard e tiro esportivo.
Pedro Ushida, estudante de 19 anos, joga futebol americano na equipe Brasília V8 e também não abre mão das filmagens na hora de treinar: “Reparo nos meus erros, estudo minha movimentação em coletivos do time, vejo como posso fazer uma leitura melhor da defesa e elaborar outras jogadas”. Além de usar a câmera para estudar o desempenho da equipe, ele recorre aos vídeos como forma de divulgação do V8.
Em alguns casos, as câmeras de ação oferecem risco. No ano passado, uma marca foi responsabilizada pela lesão do ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher. O alemão sofreu severos ferimentos na cabeça em um acidente de esqui em Meribel, nos Alpes Franceses, em dezembro de 2013. Segundo o jornalista francês Jean Louis Moncet, a lesão no cérebro de Schumacher teve como uma das causas a câmera instalada estava no capacete e não por pedras no local em que esquiava.
Em entrevista à Rádio Europe 1, Moncet, que esteve em contato com a família do heptacampeão, culpou o posicionamento do dispositivo pelo coma do alemão. Investigadores acreditam que a câmera pode ter causado a quebra do capacete. O acidente fez com que as ações da fabricante caíssem cerca de 10% no índice de tecnologia Nasdaq, no fim do ano passado.
 
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