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“Assistimos a mais cinco concorrentes ao Oscar 2025”

Confira todas as informações sobre os filmes indicados ao Oscar 2025. A premiação acontece hoje e será transmitida pela Globo a partir das 21h.

Foto: Reprodução

A corrida pelo Oscar de Melhor Filme em 2025 apresenta uma seleção diversificada de
obras que conquistaram tanto a crítica quanto o público. Em nosso último artigo sobre cinema (edição do dia 21/02/2025) analisamos cinco dos dez candidatos e nesta edição trazemos mais cinco análises: “Wicked”, “Nickel Boys”, “Gladiador II”, “Ainda Estou Aqui” e “A Substância”.

Vamos te dar a informação sobre cada um, incluindo suas indicações, desempenho de bilheteria, recepção crítica e chances na premiação.

Wicked

Adaptado do aclamado musical da Broadway, “Wicked” explora as histórias não
contadas das bruxas de Oz antes da chegada de Dorothy. Dirigido por Jon M. Chu, o
filme é estrelado por Cynthia Erivo como Elphaba e Ariana Grande como Glinda.

“Wicked” recebeu 10 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Atriz para Erivo e Melhor Atriz Coadjuvante para Grande. A produção também foi reconhecida em categorias técnicas, como Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Em termos de bilheteria, o filme arrecadou aproximadamente US$ 717,2 milhões mundialmente, tornando-se um dos musicais de maior sucesso de todos os tempos.

A crítica elogiou as performances principais e a transição eficaz do palco para a tela. Embora enfrente concorrência acirrada, “Wicked” é considerado um forte candidato, especialmente
devido ao seu apelo popular e excelência técnica.

Eu, pessoalmente, gosto muito do filme. Apesar de ter uma alma muito “americana” por fazer parte da cultura do país – afinal, nós, brasileiros, não temos a montagem deste musical em nossos teatros – ou a cultura de ir ao teatro, ainda por cima – Wicked traz o tema universal da marginalização da minoria e isso permeia o filme. Claro, ainda temos ótimas canções e performances de Ariana Grande e Cynthia Erivo.

Nickel Boys

Baseado no romance vencedor do Pulitzer de Colson Whitehead, “Nickel Boys” é uma
adaptação cinematográfica que narra a história de dois jovens afro-americanos enfrentando abusos em uma escola reformadora na Flórida durante a era Jim Crow. O filme recebeu 2 indicações ao Oscar: Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado.

Embora não tenha sido um sucesso de bilheteria comparável a outros indicados, “Nickel
Boys” conquistou a crítica, sendo aclamado por sua narrativa poderosa e performances impactantes. Sua presença na categoria principal destaca a importância de histórias que abordam questões sociais relevantes.

Apesar das chances menores de vitória em Melhor Filme, sua indicação já representa um reconhecimento significativo. Pessoalmente, não recomendo que você assista a esse filme sem uma caixa com 500 lenços. Histórias que envolvem o amadurecimento precoce de crianças por conta de maltratos, mesmo que com um final “feliz”, são duríssimos de assistir.

Gladiador II

Sequência do épico de 2000, “Gladiador II” retoma a grandiosidade da Roma antiga sob
a direção de Ridley Scott. O filme recebeu 4 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Figurino e Melhores Efeitos Visuais.

Em termos de bilheteria, “Gladiador II” quebrou recordes internacionais, especialmente no Reino Unido, França e Espanha, com uma arrecadação global que rapidamente se aproximou da marca de um bilhão de dólares. Embora tenha sido um sucesso comercial e técnico, enfrenta uma concorrência acirrada na categoria de Melhor Filme.

Eu acredito que ninguém filma épicos como Ridley Scott. O tamanho monumental de
suas cenas – batalhas navais, campais, marchas com milhares de atores enquanto tudo
explode e desmorona – exige uma coordenação fenomenal.

Mas Scott não é o único destaque do filme. Denzel Washington, esnobado pela Academia neste ano, brilha no papel de um ex-escravo com sede de poder. É triste que um filme tão complicado de ser feito tenha recebido menos indicações que “Emilia Pérez”, por exemplo, que foi praticamente todo filmado em um estúdio na Espanha.

Ainda Estou Aqui

Representando o cinema brasileiro, “Ainda Estou Aqui” é dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres. O filme retrata a luta de Eunice Paiva em busca de seu
marido desaparecido durante a ditadura militar no Brasil. Recebeu 3 indicações ao
Oscar: Melhor Filme, Melhor Atriz para Torres e Melhor Filme Internacional.

No Brasil, o filme liderou as bilheterias, arrecadando R$ 62,7 milhões e atraindo 2,92
milhões de espectadores. Nos EUA, estreou em circuito limitado com uma média de faturamento por sala superior à dos demais títulos em cartaz. A crítica internacional
elogiou a profundidade emocional do filme e a performance de Torres, considerando-a
uma forte candidata ao prêmio de Melhor Atriz.

Embora a vitória em Melhor Filme seja incerta, “Ainda Estou Aqui” tem grandes chances na categoria de Melhor Filme Internacional. Não podemos esquecer das boas chances de Fernanda Torres ao Oscar.

Você decididamente deve ver o filme, mas, honestamente, este não é o melhor filme nacional já feito. “Cidade de Deus” teve quatro indicações ao Oscar e culturalmente teve um impacto muito maior no nosso cinema.

A Substância

Dirigido por Coralie Fargeat, “A Substância” é um filme de terror que aborda temas de
misoginia e objetificação do corpo feminino. Demi Moore protagoniza a trama,
entregando uma performance que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

O filme também foi indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Maquiagem e Penteado. Embora o gênero de terror tradicionalmente enfrente desafios no Oscar, “A Substância” quebrou barreiras, sendo reconhecido por sua narrativa ousada e crítica social.

A atuação de Moore foi amplamente aclamada, posicionando-a como uma forte concorrente em sua categoria. Apesar de ser considerado um azarão para Melhor Filme, sua presença na lista de indicados reflete a evolução dos gostos da Academia.

Um filme tão horrendo que acaba sendo bom. Bom, não, brilhante! Certamente não lhe
recomendo assistir enquanto come coisa alguma. Nem pipoca. Algumas cenas
ultrapassam qualquer definição da palavra “repugnante” no dicionário.

Conclusão

A disputa pelo Oscar de Melhor Filme em 2025 destaca a diversidade e a riqueza do
cinema contemporâneo. Desde adaptações de musicais consagrados (e biografias
musicais) até narrativas que exploram questões sociais profundas, os filmes indicados
oferecem ao público uma variedade de experiências cinematográficas.

Embora seja difícil prever o vencedor, é evidente que cada obra trouxe contribuições significativas para a sétima arte neste ano. Menos Emília Pérez! Esse filme precisa ser esquecido.

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