MIÇANGAS

Encontro de Miolos celebra indumentárias do Bumba meu Boi em São Luís

Evento acontece no dia 19 de julho, com vasta programação e a participação de vários miolos de todos os sotaques de bumba meu boi

Reprodução

“Sem miolo o Boi não dança

E o miolo do Boi tem pés.

Miolo de Boi tem pés?

E o que vem a ser Miolo?

Miolo é o homem que dança debaixo do Boi.” 

Professor Nascimento Morais Filho

Há quase 20 anos a Praia Grande é tomada, no mês de julho, pelo Encontro de Miolos, evento tradicional do calendário maranhense, e que reúne vários grupos de bumba meu boi exibindo a beleza dos couros de boi que tanto abrilhantaram os arraiais de São Luís.

A décima nona edição do evento acontece na sexta-feira, dia 19, a partir das 9h, na Praia Grande, Centro Histórico de São Luís.

A programação se estende pela Praça da Fé, calçadão da Rua Portugal e sede da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico.

Pelo menos 50 miolos devem participar do Encontro, que começa com a Exposição das Capoeiras (a armação do boi) e couros bordados, na Rua Portugal; roda de conversa com os miolos e demais participantes das brincadeiras, na sede da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph); apresentação das bandas musicais:: Banda de Música do 24º BIS e Banda de Música da Guarda Municipal. (Mais após a imagem)

O tradicional cortejo pelas ruas do Centro Histórico será às 17h. Às 18h, tem a apresentação dos cantadores de bumba meu boi.

O encerramento e apresentação dos grupos de bumba meu boi será a partir das 19h, com os grupos do Boi de Mestre Basílio (Zabumba), Boi de Nina Rodrigues (orquestra) e Boi de Maracanã (matraca).

Saiba mais

Logo no começo, nas primeiras edições, o evento se chamava Cortejo de Miolos, porque era apenas um desfile dos miolos pelas ruas da Praia Grande, para que as pessoas conhecessem e soubessem mais sobre esse personagem do bumba meu boi, que nada mais é do que a pessoa que fica embaixo da armação do boi, e  que dá vida a ele nas apresentações, com coreografias e bailados. Depois, a programação foi se ampliando e virou Encontro de Miolos. 

Idealizado pelo produtor cultural José de Ribamar Sousa Reis (Zé Reis) e amigos, o evento surgiu como uma proposta para valorizar o “miolo”, também designado como “fato” em várias regiões interioranas do Maranhão. Zé Reis se  recupera de um grave acidente de trânsito ocorrido em 2022.

O bailado do boi

O homem que leva garboso nas costas a “cangalha”, “capoeira” ou “armação” do boi, o personagem que mesmo oculto debaixo de pedaços de talas de buriti, varetas de madeira, veludo, lona, miçangas, canutilhos e pedrarias, oportuniza aos assistentes um dos mais belos e simétricos bailados da brincadeira do bumba meu boi, seja de matraca, orquestra, zabumba, baixada ou costa-de-mão, é o miolo do boi. E sem ele, o boi não dança. 

A realização do evento é da Rajadus Produções. Segundo Gerson  Silva, amigo de Zé Reis e integrante da produtora, a importância desse encontro para a cultura maranhense vai de encontro à contribuição com a preservação e promoção  das manifestações culturais, em especial o bumba meu boi, patrimônio imaterial do mundo.

“É um evento muito aguardado pelos brincantes, pelos grupos, pelos turistas, por todos que gostam da cultura maranhense”, disse.

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