SÃO JOÃO NAS FÉRIAS

Encontro de Miolos de boi tem mais de 10h de duração em São Luís

Evento acontece no dia 14 de julho, na Praia Grande, com vasta programação e a participação de 50 miolos de todos os sotaques de bumba meu boi do Maranhão.

O encontro de miolos volta à cena no seu palco de origem. (Foto: Divulgação/Honório Moreira)

O mês de junho já acabou, mas por aqui, pelo Maranhão, ainda tem festa junina no mês de julho. Sexta-feira (14), é dia de apreciar a beleza dos couros de boi que tanto abrilhantaram os arraiais de São Luís nas apresentações do bumba meu boi.

Para quem está de férias e não conseguiu ver as nossas festas juninas, é a oportunidade de conhecer um pouquinho da nossa cultura. É a décima oitava edição do Encontro de Miolos, que acontece com uma vasta programação às 9h, e tem previsão de ir até por volta de 20h, na Praia Grande/Centro Histórico de São Luís.

A programação se estende pela Praça da Fé, calçadão da Rua Portugal e sede da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico. Pelo menos 50 miolos devem participar do Encontro, que começa com a Exposição das Capoeiras (a armação do boi) e couros bordados, roda de conversa com os miolos e demais participantes das brincadeiras, apresentação de bandas musicais, como a Banda de Música do 24º BIS, Banda de Música do Corpo de Bombeiros e Banda de Música da Guarda Municipal, participação de cantadores convidados.

O tradicional cortejo pelas ruas do Centro Histórico será às 17h. Às 18h, tem a apresentação dos amos de bumba meu boi, na  Praça da Fé, em frente à Casa do Maranhão. O encerramento e apresentação dos grupos de bumba meu boi será a partir das 19h, com os grupos Mimo de Santo Antônio, Boi da Madre Deus, Boi Revelação de São Marçal, Boi de Maracanã, Boi Meu Tamarineiro, na Praça da Fé.

Mas por que Encontro de Miolos? Antes o evento se chamava Cortejo de Miolos para que as pessoas conhecessem e soubesse mais sobre esse personagem do bumba meu boi, que nada mais é do que a pessoa que fica embaixo da armação do boi, e que dá vida a ele nas apresentações, com coreografias e bailados. Depois, a programação se ampliou e se transformou no que é hoje.

Idealizado pelo produtor cultural José de Ribamar Sousa Reis (Zé Reis) e amigos, o evento surgiu há 17 anos como uma proposta de valorizar o “miolo”, também designado como “fato” em várias regiões interioranas do Maranhão. Zé Reis se recupera de um grave acidente de trânsito ocorrido em 2022.

Saiba mais sobre quem faz o bailado do boi

O homem que leva garboso nas costas a “cangalha”, “capoeira” ou “armação” do boi, o personagem que mesmo oculto debaixo de pedaços de talas de buriti, varetas de madeira, veludo, lona, miçangas, canutilhos e pedrarias, oportuniza aos assistentes um dos mais belos e simétricos bailados da brincadeira do bumba meu boi, seja de matraca, orquestra, zabumba, baixada ou costa-de-mão.

“Um ator que não aparece na cena junina e que recebe esse tributo para ser destacado, sem passar despercebido. A importância desse encontro para a cultura maranhense vai de encontro à contribuição com a preservação e promoção permanente das manifestações culturais tradicionais com especial atenção ao bumba meu boi patrimônio imaterial do mundo”, disse Gerson Silva, amigo de Zé Reis e que integra a Rajadus, produtora do evento.

O evento tem coordenação de José Henrique Reis, irmão e tutor de Zé Reis, e apoio cultural da Fundação Municipal de Cultura – SECTUR, Fundação Municipal de Patrimônio Histórico – FUMPH e Associação dos Miolos de Bumba meu Boi do Maranhão. Tem ainda apoio logístico da Casa do Maranhão e Centro de Criatividade Odylo Costa Filho.

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