O dia marcado por brincadeiras, pegadinhas, mentiras, balelas e criatividade é 1º de abril, a tradição é antiga e já entrou nas nossas vidas como um ritual da data. E, apesar de mal vistas em todo o resto do ano, hoje as mentiras são aceitas e até celebradas.

A brincadeira teve início na França, há cerca de 455 anos, ganhou os países ocidentais e é repetida, desde então, anualmente. Vamos entender o pouco esta história. Em 1582, com o Calendário Gregoriano, que substituiu o Calendário Juliano, o ano foi divido em quatro estações ao longo de 12 meses e, 1º de janeiro foi escolhido como primeiro dia do ano. Apesar disso, estudiosos afirmam que parte da população francesa se descontentou com o calendário e recusou aceitar 1º de janeiro como o início do ano.

Anteriormente, comemorava-se o ano novo nos países ocidentais no dia 25 de março, quando a Primavera chegava ao Hemisfério Norte, o festejo durava uma semana, de 25 de março a 1º de abril, com troca de presentes e bailes.

Apesar da data ser bem aceita na atualidade, demorou um pouco mais para os súditos do rei Carlos se habituarem à nova tradição. Assim, boa parte dos franceses continuava comemorando a virada do ano durante a passagem do mês de março para o mês de abril.

E assim começaram as zombarias pelo resto da população, que já tinha acatado a data do Réveillon, os franceses resistentes às mudanças eram convidados para festas e comemorações inexistentes no 1º de abril.

Aqueles que aderiram ao novo calendário zombavam dos que ainda comemoravam de forma antiga, chamando-os de tolos ou “bobos de abril”. Os resistentes ou leigos eram acusados de comemorarem de forma mentirosa a passagem do ano. Dessa forma, nasceu uma tradição de zombaria e pregação de peças.

No Brasil, a tradição foi introduzida em 1828, com o noticiário impresso mineiro “A Mentira”, que trazia em sua primeira edição a morte de Dom Pedro I na capa e foi publicado justamente em 1º de abril.

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