celebração

Cooperativa Rede Mulheres do Maranhão é reconhecida por inclusão social

cooperativa foi um dos seis vencedores da premiação que está sendo chamada de “Nobel Verde”.

Silvana Barbosa, presidente do RMM, recebe prêmio no Teatro Amazonas. (Foto: InvestAmazônia)

O Maranhão marcou presença na primeira edição do United Earth Amazônia.

A Rede Mulheres do Maranhão (RMM), que conta com mais de 220 integrantes, em sua maioria mulheres, foi um dos seis vencedores da premiação que está sendo chamada de “Nobel Verde”.

Criada pelo presidente da United Earth, Marcus Nobel e pela LCTM BrandBuilders, a iniciativa reconheceu projetos sociais, ambientais e de governança, e realizou cerimônia de premiação no final de fevereiro, em Manaus.

A cooperativa tem no extrativismo sustentável do babaçu e na fabricação e comercialização de seus derivados sua principal fonte de renda.

Criada há seis anos, por iniciativa da Fundação Vale para atender as mulheres que vendiam marmitas nas janelas dos trens de passageiros na Estrada de Ferro Carajás (EFC), as chamadas “bandequeiras”, a cooperativa foi reconhecida, na ocasião, por sua contribuição para a inclusão social e preservação da floresta.

“Assim como eu, outras integrantes da Rede são ex-bandequeiras, filhas de quebradeiras de coco e com pouco estudo. O trabalho coletivo, em parceria, ampliou nosso horizonte, incrementou nossa renda e trouxe um crescimento que não imaginávamos. Nosso carro-chefe são os produtos feitos do babaçu, que respeitam a natureza, as nossas tradições maranhenses e mantém a floresta em pé”, explica a presidente da Rede Mulheres do Maranhão, Silvana Barbosa.

A Rede Mulheres do Maranhão promove a inclusão social e econômica por meio do empoderamento das mulheres para o empreendedorismo, a partir do extrativismo sustentável do babaçu.

Formado por 15 negócios sociais e quatro grupos de quebradeiras do coco babaçu, em oito municípios ao longo da EFC, o coletivo produz e comercializa produtos como doces, castanhas, farinha e óleo de babaçu entre outros.

A produção é realizada de forma sustentável e tem contribuído com o desenvolvimento local, a partir do incremento de renda e qualificação técnica, o que torna a Rede um exemplo de ação sustentável para o a conservação ambiental.

O coletivo atua também como um importante elo de identidades e ressignificações, buscando articular e fortalecer manifestações culturais.

Em setembro de 2022, foi realizado um evento dedicado ao Dia Estadual das Quebradeiras, com debates e apresentações que fortalecem a cultura da quebradeira e do Maranhão. O objetivo é o de reforçar, no cotidiano, as ligações existentes entre as atividades empreendedoras, os saberes ancestrais e suas valorosas manifestações.

Os empreendimentos e grupos de quebradeiras que compõem a Rede foram assessorados tecnicamente (processos de incubação, formalização e aceleração) pela Fundação Vale e a implementação do programa e suportes aos negócios são realizados em parceria com a Mandu Inovação Social.

“Fazer parte da história da Rede Mulheres do Maranhão é algo que muito nos orgulha. Apoiamos essas mulheres, pois acreditamos no potencial que a inclusão produtiva e a preservação dos ecossistemas têm no desenvolvimento social dos territórios. Elas são protagonistas dessa história e merecem o reconhecimento que essa premiação traz”, explica o gerente da Fundação Vale, Marcus Finco.

Sobre a Rede Mulheres do Maranhão

A Rede Mulheres do Maranhão é formada por mais de 220 empreendedoras (sendo 120 quebradeiras de coco babaçu), que têm sua fonte de renda no trabalho coletivo.

Os 19 empreendimentos, que atualmente somam 15 negócios sociais e 4 grupos de quebradeiras de coco babaçu, atuam em setores distintos. Além dos produtos oriundos do babaçu, há fabricação de doces, mel, confecção de roupas, castanha de caju, panificação, cultivo de verduras e legumes.

A Rede impacta diretamente o desenvolvimento local, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida das mulheres e homens que dela fazem parte.

O projeto é uma iniciativa da Fundação Vale com apoio da Mandu Inovação Social e atua em oito municípios ao longo da Estrada de Ferro Carajás (Alto Alegre do Pindaré, Arari, Bacabeira, Bom Jardim, Buriticupu, Itapecuru Mirim, Tufilândia e Vitória do Mearim).

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias