despedida

Emoção e alegria marcam o último dia na Passarela do Samba do Carnaval de São Luís

O espaço recebeu quase 50 agremiações carnavalescas que mostram o que a cidade tem de melhor quando o assunto é a Festa de Momo.

A festa, que havia sido suspensa por dois anos em decorrência da pandemia, atraiu o público que marcou presença nos quatro dias de folia organizada pela Prefeitura de São Luís. (Foto: Divulgação)

O Carnaval de São Luís – Tem Folia na Ilha, na Passarela do Samba Chico Coimbra (Anel Viário) de 2023, ficará na memória dos foliões ludovicenses que saudaram o retorno dos desfiles dos blocos tradicionais e das escolas de samba, com muita alegria e animação.

A festa, que havia sido suspensa por dois anos em decorrência da pandemia, atraiu o público que marcou presença nos quatro dias de folia organizada pela Prefeitura de São Luís.

Casa do Carnaval tradicional da capital, o espaço recebeu, no decorrer da programação, quase 50 agremiações carnavalescas que mostram o que a cidade tem de melhor quando o assunto é a Festa de Momo.

“Fizemos uma festa bonita, valorizando nossos grupos e artistas, que tanto esperaram pelo carnaval. A Passarela do Samba é um espaço que agrega a cultura carnavalesca local, onde as famílias puderam se divertir. Nós, da Prefeitura de São Luís, estamos felizes por podermos trazer de volta, depois da pandemia, esta grande festa para a cidade”, destacou o prefeito Eduardo Braide.

Encerrada na segunda-feira (20), com o segundo dia das apresentações das escolas de samba, a programação começou na sexta-feira (17), com desfiles dos blocos tradicionais do Grupo B.

No sábado (18), a festa teve continuidade com a passagem das agremiações do Grupo A. No domingo (18), ocorreu o primeiro dia dos desfiles das escolas de samba.

A apuração para definir os vencedores será realizada nesta quarta-feira (23), no Teatro da Cidade (Centro), sendo que pela manhã serão conhecidos os vencedores dos grupos dos blocos tradicionais e a tarde, será a vez das escolas de samba.

Este ano, de forma inédita, a programação foi transmitida, ao vivo, pelo canal da Prefeitura de São Luís no YouTube. “Levamos nossa cultura, o nosso carnaval, para o mundo, mostrando nossa diversidade e possibilitando que aquelas pessoas que não puderam vir assistir aos desfiles presencialmente na Passarela, também tivessem como participar da festa. O prefeito Eduardo Braide valoriza o que é nosso, nossa cultura e nossas festas. A Passarela do Samba é um exemplo disso. Por aqui passaram blocos tradicionais, escolas de samba e outras agremiações que não competem, mas que tiveram espaço garantido para se apresentarem”, disse o secretário municipal de Comunicação, Igor Almeida.

Samba no pé

O último dia de desfiles na Passarela do Samba, na segunda-feira (20), foi aberta com a apresentação da alegoria de rua Corso da Melhor Idade, criada em 1998, na Madre Deus.

Os 30 componentes da agremiação entraram na avenida na carroceria de um caminhão antigo coberto, todo decorado, cantando marchinhas antigas de Carnaval.

Em seguida, a Turma de Samba Ritmistas da Madre Deus, que existe há 25 anos, movimentou a Passarela com o tema “Eu vou com meu samba”, mostrando a simpatia dos 180 integrantes, em sua maioria idosos, fantasiados em amarelo e preto.

Para esquentar o público antes da entrada das escolas de samba, o Blocão do Jegue Folia fez a festa na avenida com centenas de pessoas com o abadá, cantando sucessos como a “Dança do Jeguerê”, um dos hinos do Carnaval maranhense, tendo à frente o boneco gigante simbolizando o jegue.

A escola de samba Unidos de Fátima iniciou os trabalhos. Criada no bairro homônimo, em 1957, a agremiação trouxe como samba-enredo “Helena Duailibe, justiça e bondade”, fazendo uma homenagem à médica e deputada, valorizando o branco típico da Medicina e outras cores como o amarelo e o azul.

O desfile contou com comissão de frente, 12 alas, três carros alegóricos, dois casais de mestre sala e porta-bandeira e bateria, somando 1.200 brincantes. 

A ludicidade e magia circenses tomaram conta da passarela no desfile da escola de samba Mocidade Independente da Ilha, que fez festa nas cores azul, dourado e branco, sob o samba-enredo “O circo e a Mocidade fazem a alegria no Carnaval”.

Fundada em 1986, na Cohab, a escola apresentou comissão de frente, 10 alas, dois carros alegóricos, dois casais de mestre-sala e porta-bandeira, dois tripés e bateria, somando 900 integrantes.

A apresentação da escola de samba Império Serrano desenvolveu o samba-enredo “Setenta anos do Jornal Pequeno: Doa em quem doer” de forma organizada e direta, como uma boa narrativa jornalística deve ser. A comissão de frente trouxe meninos jornaleiros, andando de bicicleta e jogando jornal para o público, seguida de alas e carros alegóricos, contando a história do veículo de comunicação, e da própria imprensa, em ordem cronológica. Entraram na avenida comissão de frente, 12 alas, três carros alegóricos, dois casais de mestre-sala e porta-bandeira, um tripé e bateria, somando 1.500 integrantes. A escola foi fundada em 1957, no Monte Castelo.

A batida contagiante da bateria da escola Turma da Mangueira chamou a atenção da plateia para o samba-enredo “Morada sagrada dos reis da encantaria do Maranhão: uma viagem de fé aos templos sagrados de nossos guardiões”, desenvolvido com proficiência pelas indumentárias deslumbrantes, coreografia elaborada, inclusive abrindo espaço para a arte de drag queens.

A agremiação foi criada no João Paulo, embaixo de uma mangueira, em 1928, e nesta edição do Carnaval de Passarela, dispôs de comissão de frente, 12 alas, três carros alegóricos, dois casais de mestre-sala e porta-bandeira, um tripé e bateria, com um total de 1.200 participantes.

O primeiro-casal de mestre-sala e porta-bandeira da Turma da Mangueira, Jadson Martins, 28 anos, e Isa Sousa, 26 anos, deram um show na Passarela, com indumentárias nas cores vermelho e prata intensos. Além de participarem da escola, os dois trabalham em uma companhia de dança.

“É perfil da Mangueira requisitar mulheres que tenham formação em balé clássico para atuar como porta-bandeira, que dominem a técnica dos giros. Além disso, precisamos fazer musculação para ganhar resistência a fim de manter o pique até o final do desfile”, contou Isa Sousa, que também é bailarina e professora de dança. “A formação profissional em dança nos ajuda a ter mais desenvoltura nos desfiles e a alcançar melhores resultados para a nossa escola”, explica Jadson Martins.

Com um samba-enredo, “Saudade”, a escola Flor do Samba encerrou o Carnaval de Passarela 2023 com uma homenagem às perdas de pessoas para a Covid-19 e a todos os brincantes ilustres que já passaram pela escola, que fizeram história também. A bateria deu o tom de um desfile que deixou o público extasiado. O carro abre-alas trouxe uma referência ao tempo em um vermelho intenso, o segundo trabalhou com o amarelo e o último com o branco, todos altos e ricamente decorados. A Flor do Samba contou com comissão de frente, 14 alas, três carros alegóricos, dois casais de mestre-sala e porta-bandeira, um tripé e bateria, com um total de 1.500 integrantes. Foi fundada em 1939, no Desterro.

Realizado pela Prefeitura de São Luís, o Carnaval na Passarela do Samba foi coordenado pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), em parceria com as secretarias municipais de Trânsito e Transporte (SMTT), de Segurança com Cidadania (Semusc), de Saúde (Semus), de Meio Ambiente (Semmam), de Comunicação (Secom) e de Turismo (Setur), e Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Amdes).

O evento também teve a parceria da Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos (AMBC), Academia dos Blocos Tradicionais do Estado do Maranhão (Abtema), Liga das Escolas de Samba e Demais Agremiações Artísticas, Folclóricas e Culturais do Estado Do Maranhão (Liesma), e Conselho Municipal de Cultura (Comcult).

Encerrada na segunda-feira (20), com o segundo dia das apresentações das escolas de samba, a programação começou na sexta-feira (17), com desfiles dos blocos tradicionais do Grupo B. (Foto: Divulgação)

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