Mostra nacional de cinema deve levar temas da infância e juventude para as telas
A mostra é um dos projetos aprovados no edital Ocupa CCVM Audiovisual; exibição acontece nesta quarta-feira, 18, às 19h, o Cine Desterro.
O Centro Cultural Vale Maranhão exibirá nesta quarta-feira (18), às 19h, o Cine Desterro, uma mostra nacional de cinema infanto-juvenil criada para crianças e adolescentes moradoras de bairro vizinhos ao Centro, como Desterro, Madre Deus, Lira, Belira, Anjo da Guarda, entre outros.
Idealizada pelo produtor audiovisual e cultural Gabriel Marques e pelo publicitário Maikel Mondego, a mostra exibirá produções nacionais que apresentam a infância e a juventude brasileira em diferentes contextos – como vida de crianças pretas na periferia, intolerância religiosa, realidade de comunidades ribeirinhas e adoção.
Serão exibidos curtas-metragens de quatro regiões do Brasil, entre eles o maranhense Ciclos da Tarde, da diretora Jessica Lauane.
O filme apresenta a rotina de amigos do Bairro de Fátima, em São Luís, que se juntam para jogar futebol de travinha e são surpreendidos por traumas passados de geração em geração.
Além do curta maranhense, mais 6 produções completam a programação: O Órfão, de Carolina Markowicz (Rio de Janeiro, 2018); Raone, de Camila Santana (São Paulo, 2021); Nova Iorque, de Leo Tabosa (Pernambuco, 2018).
Além destes, Eu Sou o Super-Homem, de Rodrigo Batista (São Paulo, 2018); Jamary, de Begê Muniz (Amazonas, 2021); e O Véu de Amani, de Renata Diniz (Distrito Federal, 2019).
A mostra é um dos projetos aprovados no edital Ocupa CCVM Audiovisual, que contemplou 18 propostas que que pensam, experimentam e tencionam a imagem e o som em sua amplitude de criação.
A programação do Centro Cultural Vale Maranhão é totalmente gratuita. O CCVM está localizado à Rua Direita, nº 149, Centro Histórico.
Saiba mais sobre os filmes:
• Raone, de Camila Santana (São Paulo, 2021); Raone tem 4 anos e gosta de fantasiar, correr, brincar de boneca e fazer bolhas de sabão. Enquanto cria suas histórias e descobre o mundo, vai traçando uma infância alegre e livre de estereótipos.
• Nova Iorque, de Leo Tabosa (Pernambuco, 2018); Hermila e Leandro querem fugir. Hermila e Leandro querem ficar.
• Eu Sou o Super-Homem, de Rodrigo Batista (São Paulo, 2018); Lucas, negro, vai a uma festa de aniversário vestido de Superman. Eric, branco, o aniversariante, teve a mesma ideia. Agora os dois vão fazer de tudo para provar quem é o verdadeiro Homem de Aço.
• O Véu de Amani, de Renata Diniz (Distrito Federal, 2019); Amani é uma garota paquistanesa que mora no Brasil. Ao mudar de casa, a menina muçulmana recebe um presente inesperado da sua nova amiga brasileira: um biquíni.
• Ciclos da Tarde, de Jessica Lauane (Maranhão, 2021); Amigos da periferia do Bairro de Fátima, em São Luís do Maranhão, se juntam todo domingo para jogar futebol de travinha. Antes de uma partida, são surpreendidos por uma memória traumatizada passada de geração a geração e temem que o pior aconteça.
• O Órfão, de Carolina Markowicz (Rio de Janeiro, 2018); Jonathas foi adotado. Mas logo é devolvido ao abrigo devido ao seu “jeito diferente”.
• Jamary, de Begê Muniz (Amazonas, 2021). Ane, uma youtuber de 12 anos, ao entrar em uma floresta no Amazonas, encontra o Anhangá, um espírito indígena assustador que revela-lhe o verdadeiro perigo.