Programa do Governo do Maranhão, “Adote um Casarão”, é premiado pelo Iphan
Criado em 2019, o programa tem por objetivo tornar o Centro Histórico de São Luís referência em renovação e desenvolvimento sustentável.
O Programa Adote um Casarão foi um dos dez premiados da região Nordeste na etapa regional do 35º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade (Prêmio Rodrigo), realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
De iniciativa do Governo do Maranhão e executada pela Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), o “Adote um Casarão” também foi selecionado para a disputa da etapa nacional da premiação.
Promovido pelo Iphan desde 1987, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade tem abrangência nacional. O concurso reconhece iniciativas de valorização do Patrimônio Cultural Brasileiro, considerando a relevância social e caráter exemplar delas.
Para o coordenador do Programa Nosso Centro e do Adote um Casarão, Daniel Sombra, o prêmio é um reconhecimento a uma política inovadora que foi criada no estado do Maranhão.
“Essa premiação, realizada por um órgão como o Iphan, reconhece os efeitos positivos para preservação e restauração do nosso patrimônio histórico. Agora, o Adote um Casarão, que era uma iniciativa local, é uma referência para o restante do país”, disse.
Adote um Casarão
Adote um Casarão é um programa do Governo do Maranhão que disponibiliza para uso, por meio de editais, imóveis pertencentes ao Governo do Estado, que estejam sendo subutilizados ou estejam desocupados no Centro Histórico de São Luís.
Criado em 2019, o programa tem por objetivo tornar o Centro Histórico de São Luís referência em renovação e desenvolvimento sustentável, preservando seu valor histórico e cultural.
Podem participar dos editais empresas privadas e grupos culturais. Pessoa física, se ganhar, terá de constituir uma pessoa jurídica para assinar o termo de adesão ao programa. Os adotantes devem revitalizar, manter o imóvel e fazer uso exclusivo para as atividades indicadas no contrato.
O tempo de uso por parte do adotante varia de acordo com o edital e com a atividade proposta, mas, em geral é de 15 anos.
Prêmio Rodrigo
O nome do Prêmio é uma homenagem ao advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade, nascido em 1898, em Belo Horizonte (MG).
Entre 1934 e 1945, Rodrigo integrou o grupo formado por intelectuais e artistas herdeiros dos ideais da Semana de 1922, quando se tornou o maior responsável pela consolidação jurídica do tema Patrimônio Cultural no Brasil.
Em 1937 esteve à frente da criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atual Iphan, o qual presidiu por 30 anos.
Em 2022, a premiação realizada pelo Iphan tem como tema a Sustentabilidade Socioeconômica do Patrimônio Cultural. O objetivo é engajar os proponentes para a ação, estimulando o desenvolvimento coletivo de soluções criativas.
Tais ações apresentam impactos socioeconômicos de valor permanente, consequência de esforços coordenados e canalizados para o bem-estar social. As iniciativas constituem importante ferramenta para o desenvolvimento de contribuições ao Patrimônio Cultural Brasileiro.
Na etapa regional, foram selecionadas 10 iniciativas de cada uma das cinco regiões do Brasil. Neste ano, essas 50 ações receberão um prêmio no valor de R$ 1 mil cada.
Na etapa nacional serão selecionadas 10 iniciativas de destaque, divididas em duas categorias: pessoa física e pessoa jurídica.
As ações premiadas serão contempladas com os seguintes valores: primeiro lugar com R$ 30 mil, segundo lugar com R$ 25 mil, terceiro lugar com R$ 20 mil, quarto lugar com R$ 17 mil e quinto lugar com R$ 15 mil. Os vencedores da etapa nacional devem ser anunciados em dezembro.