Alcione será homenageada na 30ª edição do Prêmio da Música Brasileira
A homenagem coincide com a comemoração dos 50 anos da trajetória artística intensa, plural e repleta de sucessos da artista maranhense.
O Prêmio da Música Brasileira anunciou na quarta-feira, 25 de outubro, Alcione como a homenageada de sua 30ª edição, em cerimônia marcada para 2023.
Uma das mais conhecidas e respeitadas intérpretes do país, a cantora, compositora e multi-instrumentista é a segunda pessoa com maior número de troféus na premiação: são 21 ao todo.
A homenagem coincide com a comemoração dos 50 anos da trajetória artística intensa, plural e repleta de sucessos da artista maranhense. Para o criador do Prêmio da Música Brasileira, José Maurício Machline, é indiscutível a importância de Alcione.
“Ela tem essa voz única na nossa história musical. É unanimidade no que diz respeito a ser amada por seus colegas e tem essa capacidade múltipla de repertório. Fora isso, ela representa a mulher brasileira”, celebra Machline.
E nesses 50 anos de carreira não seria possível que o prêmio não olhasse para a artista que está na labuta há muitos anos dando o seu melhor.
“Chegou o momento de ser homenageada por todos que têm na Alcione uma referência não só artística, mas também humana”, comentou Machline.
A cantora recebeu a notícia da homenagem com muita emoção: “O coração da preta não aguentou. Eu estou vaidosa em saber que vou ser homenageada”, comentou.
A cantora disse estar muito feliz por toda a sua família, pelo seu estado, o Maranhão, por todos os seus amigos e pessoas que pensam nela neste momento.
“É uma glória ser homenageada pelo Prêmio da Música. Eu fico muito honrada com a escolha dos meus colegas. Eu sempre gostei de prestigiar o prêmio. Eu tenho mais é que agradecer a Deus”, declarou.
Prêmio da Música Brasileira
Alcione é uma das artistas que mais se apresentou no Prêmio da Música Brasileira, inclusive durante as turnês da premiação.
Ela cantou nas cerimônias que homenagearam Vinícius de Moraes, João Bosco, Maria Bethânia, entre outros. Desta vez, os músicos é que vão subir ao palco para celebrar os seus grandes sucessos.
Criado por José Maurício Machline em 1987, o Prêmio da Música Brasileira se tornou uma referência para a cultura nacional nas últimas décadas, ao estimular a produção musical, revelar talentos e promover encontros e homenagens que entraram para a história.
Após um hiato de três anos, a premiação está de volta e repleta de novidades para a sua trigésima edição.
As modificações foram anunciadas após reunião do Conselho do Prêmio, formado por Antônio Carlos Miguel, Arnaldo Antunes, Djavan, Gilberto Gil, João Bosco, Karol Conka, Ney Matogrosso, Wanderléa, Yamandu Costa e José Maurício Machline, que agora conta com a parceria de Heloisa Guarita na condução do PMB, cuja cerimônia acontecerá em abril de 2023.
Nos próximos meses, Machline e Heloisa vão implementar um amplo programa de fomento para a Música Brasileira, através de ações que serão divulgadas por etapas.
A ideia central é que os artistas inscritos do prêmio possam ter a produção divulgada e incentivada ao longo de todo o ano, com presença em canais específicos e redes sociais, criação de conteúdo e desenvolvimento de parcerias institucionais, além do intercâmbio com outros artistas e possíveis patrocinadores.
Cada concorrente passa a ter um apoio da premiação, que estará mais do que nunca comprometida com valores como representatividade e diversidade.
O impacto social, a valorização da economia criativa como engrenagem de todo um setor profissional e a inovação são os valores fundamentais nessa jornada.
Revisão nas categorias
Ao completar 30 edições, o prêmio reafirma os seus laços com a inovação e acompanha as grandes transformações tecnológicas que o mundo e, especialmente, o mercado fonográfico viveram nos últimos anos, com a revisão de categorias e a preocupação em gerar impacto social em todas as suas ações.
Entre as modificações, o prêmio inclui a retirada da categoria “Cantor/Cantora” para a entrada de “Intérprete”, abrangendo artistas femininos, masculinos e não binários.
Da mesma forma, a antiga categoria “Pop/Rock/Reggae/Hip Hop/Funk” passa a se chamar “Música Urbana”, e a premiação de “Melhor DVD” se torna agora “Melhor Produto Audiovisual”, em que podem concorrer clipes, projetos para plataformas de vídeo, DVDs e documentários musicais.