PARA O MUNDO

PREAMAR: artistas maranhenses expõem na maior feira de arte da América Latina

Evento ocorrerá de 24 a 28 deste mês, a SP Arte Rotas Brasileiras, na Arca, em São Paulo.

As obras maranhenses em exposição têm a curadoria colaborativa de Samantha Moreira, Frederico Silva, Yuri Logrado, Marco Antônio Lima e Germano Dushá. (Foto: Divulgação)

O movimento PREAMAR, estará presente, na maior feira de arte da América Latina, a feira Rotas Brasileiras, que ocorrerá de 24 a 28 deste mês, a SP Arte Rotas Brasileiras, na Arca, em São Paulo.

Verdadeiro mergulho na cena artística contemporânea do Maranhão, o projeto é idealizado coletivamente pelo Chão SLZ, Casa do Sereio, e Lima Galeria.

O evento reunirá galerias de arte de todo o Brasil e nove projetos convidados de iniciativas institucionais que ajudam a mapear novas frentes de produção nacional.

As obras maranhenses em exposição têm a curadoria colaborativa de Samantha Moreira, Frederico Silva, Yuri Logrado, Marco Antônio Lima e Germano Dushá. O objetivo do grupo é conectar a potência da arte maranhense aos demais polos artísticos do Brasil e do exterior.

Sinônimo de “maré alta”, PREAMAR traz para o mundo da arte contemporânea os movimentos dos mares que compõem a paisagem natural de São Luís.

É no mesmo sentido das dinâmicas de continuidade e transformação das águas maranhenses que o projeto apresenta os artistas Silvana Mendes, Dinho Araújo e Márcio Vasconcelos com obras que abarcam temas ligados às questões raciais e políticas de afirmação, rituais de encantaria e festas do bumba meu boi maranhenses.

O projeto PREAMAR surgiu após um primeiro ciclo de ações que ocorreu nos meses de abril e maio em São Luís, com a realização da exposição coletiva PREAMAR e de conversas abertas, simultaneamente, no Chão SLZ e na Lima Galeria.

Contou também com residências artísticas na Casa do Sereio em Alcântara, inicia o segundo semestre de 2022 apresentando na SP-Arte uma articulação entre as obras de Dinho Araújo, Márcio Vasconcelos e Silvana Mendes.

Os trabalhos elaborados a partir de pesquisas e imersões em temas locais estabelecem relações espontâneas e ressonâncias que reafirmam~revelam as potencialidades destes três artistas maranhenses que configuram um corpus importante para a compreensão da arte contemporânea do Maranhão.

A nova feira Rotas Brasileiras acontece de 24 a 28 de agosto, no espaço da ARCA (@arcaspaces), galpão localizado no bairro da Vila Leopoldina, em São Paulo.

O evento reunirá galerias de arte de todo o Brasil e nove projetos convidados de iniciativas institucionais que ajudam a mapear novas frentes de produção nacional. (Foto: Divulgação)

Os artistas

Dinho Araújo (Pinheiro, 1985) é artista visual e mestre em Antropologia pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. A partir de objetos, da fotografia, do vídeo e do lambe, sua obra lida com aparições no espaço, numa ampla pesquisa sobre raça e história.

Em 2022, apresentou a série História dos Animais e Árvores na Galeria do Largo (Manaus), na exposição PREAMAR (Lima Galeria, São Luís), e como parte da instalação Conjurando, proposta por Denise Ferreira da Silva e Arjuna Neuman no contexto da 11ª Mostra 3M de Arte (Parque do Ibirapuera, São Paulo).

Seu trabalho está exposto no Museu do Pontal (Rio de Janeiro), e foi indicado ao Prêmio Pipa de Arte Contemporânea em 2021.

Na área da curadoria, entre outros projetos, realizou, com Ricardo Resende, a exposição Alcântara, Quilombo, Tapuitapera, 2019 (Sesc Confluências/Casa do Mordomo, Alcântara).

Foi curador da exposição Caminho de Muriá para brocar a terra, 2021, de Gê Viana (Museu Histórico e Artístico do Maranhão – MHAM, São Luís), da revista Insight Photo, 2014 – contemplada pelo XII Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, e da 10ª e 11ª Aldeia Sesc Guajajara de Arte (Sesc Maranhão, São Luís), 2015/2016.

É integrante do espaço independente Chão (São Luís) e do Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem – NUPPI.

Márcio Vasconcelos (São Luís, 1957) é fotógrafo e artista visual. Seu trabalho orienta-se pelo aprofundamento e ampliação das possibilidades da fotografia a partir de intensas pesquisas contextuais e antropológicas, envolvendo sobretudo manifestações religiosas e populares, e o cotidiano sociocultural de certos lugares.

É autor dos livros Arte nas Mãos: Mestres Artesãos Maranhenses (Sebrae, 2007), Nagon Abioton – um estudo fotográfico e histórico sobre a Casa de Nagô (Programa Petrobrás Cultural, 2009).

É autora também de Zeladores de Voduns do Benin ao Maranhão (Editora Pitomba, 2016, 1º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras da Fundação Cultural Palmares – Petrobras).

Outros livros: Na Trilha do Cangaço: o sertão que Lampião pisou (Vento Leste Editora, 2016 – XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia), e Visões de um Poema Sujo (Vento Leste Editora, 2016 – XIV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia).

Participou de diversas exposições em galerias e instituições do Brasil, e suas obras estão em acervos de importantes museus brasileiros, como Museu Afro Brasil (São Paulo), Museu do Pontal (Rio de Janeiro), Museu de Arte de São Paulo – MASP (São Paulo), e Museu de Arte do Rio – MAR (Rio de Janeiro).

Silvana Mendes (São Luís, 1991) é multiartista visual e desenvolve sua prática a partir de pesquisas sobre questões raciais, território, políticas de afirmação e a desconstrução de visualidades negativas impostas a corpos negros.

Na busca por ressignificar simbologias e narrativas visuais, toma como suporte a colagem, a pintura, a videoarte e a fotografia.

Entre outras exposições, participou de Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os Brasileiros, 2021 (Instituto Moreira Salles – IMS, São Paulo); RAIO A RAIO, 2022 (Solar dos Abacaxis/Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM Rio).

Outras exposições: Um defeito de Cor, 2022 (Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro); Vozes Contra o Racismo, 2020 (Secretaria de Cultura de São Paulo); e III Bienal do Sertão de Artes Visuais, 2017 (Vitória da Conquista).

Também nesta semana foi lançado o site do projeto, plataforma que acompanha as ações realizadas. Acesso aqui.

O projeto PREAMAR surgiu após um primeiro ciclo de ações que ocorreu nos meses de abril e maio em São Luís. (Foto: Divulgação)
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