SENTA QUE LÁ VAI HISTÓRIA

Feriado de Adesão do Maranhão à Independência do Brasil; entenda

Nesta quinta-feira (28) é feriado estadual; saiba qual o motivo.

Nos estados da Bahia e Maranhão as lutas contra a independência foram mais sangrentas; o Maranhão só aderiu a mesma em 28 de julho de 1823, e Caxias foi o último foco de resistência. (Foto: Reprodução)

Nesta quinta-feira, dia 28 de julho, é feriado estadual. Mas nem todos sabem qual o motivo que o estado do Maranhão comemora o feriado, pois é lembrada a antiga data magna maranhense.

Proclamada a independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822, no país não reinou a calma.

Nos estados da Bahia e Maranhão as lutas contra a independência foram mais sangrentas; o Maranhão só aderiu a mesma em 28 de julho de 1823, e Caxias foi o último foco de resistência.

Segundo o historiador caxiense César Augusto Marques a Vila de Caxias aderiu à causa da independência com intervenção dos Estados do Ceará e Piauí.

“A junta provisória do governo do Ceará, desejando favorecer as intenções dos habitantes do Piauí que ambicionavam a sua independência, deliberou para expedir essa província o governador das Armas, José Pereira Filgueiras”, comenta o historiador.

“Deliberou também a Tristão Gonçalves Pereira Alencar Araripe, para que promovesse o bom êxito do tal projeto”, finaliza.

Pondo-se em marcha os expedicionários a 30 de março de 1823, recebeu o dito governador a carta imperial, de 16 de abril do mesmo ano, autorizando-o a reunir toda a força para proclamar a independência do Maranhão.

Apresentou-se a junta aos redores da Vila de Caxias com 6.000 homens, e, depois de longas fadigas e privações, no dia 31 de julho do mesmo ano foi celebrada uma honrosa convenção em sessão extraordinária da Câmara Municipal, reunida na então capela de Nossa Senhora dos Remédios.

Lá compareceram o clero, a nobreza, o povo e os sitiantes comandados pelo major Salvador Cardoso de Oliveira e João da Costa Alecrim e os sitiados sob o comando do major português João José da Cunha Fidié.

No dia 1º de agosto de 1823, as tropas independentes entraram em Caxias e no dia 6 daquele mês procedeu-se a eleição para vereadores.

No ocasião foram eleitos: Francisco Henrique Wilk, capitão Clemente José da Costa, José Isidoro Viana, Francisco Joaquim de Carvalho, João Ribeiro de Vasconcelos Pessoa e José Maria César Brandão.

Na realidade, a bravura do povo caxiense foi, é, e sempre será uma característica marcante nas conquistas de uma cidadania livre e soberana.

Em verdade, no ano de 1822, quando ocorreu, simbolicamente, o Grito da Independência do Brasil, a Vila de Caxias era habitada, predominantemente, por uma população lusitana.

A classe hegemônica, constituída de portugueses, exercia a dominação ao comércio, a igreja e a educação no lugar. E, portanto, assim, não queria contrariar os interesses da Coroa de Portugal à qual tínhamos o jugo de subordinação política.

Mas, somente quase um ano depois, precisamente, em 1º de agosto de 1823, o povo caxiense livrou-se do domínio português e a aderiu à independência para se tornar soberano e patriota, também, à cidadania brasileira.

A Vila de Caxias tornava-se, também, livre do cunho de estado colonial e se constituía em um próspero centro comercial e soberano da nova Província do Maranhão.

É bom lembrar que, ao contrário do que muitos pensam, o nome Caxias não se atribui a Luís Alves de Lima e Silva, patrono do Exército Brasileiro; ele, sim, recebeu o título “Barão de Caxias” por ter sufocado a maior revolução social existente no Estado do Maranhão: a Balaiada. 

A cidade de Caxias foi palco da última batalha do movimento. Posteriormente, já em terras do Rio de Janeiro, o Barão de Caxias foi condecorado, novamente, com o título de Duque de Caxias.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias