RELIGIÃO

Festa em honra a São João Batista

Após a missa, acontece a programação cultural com a apresentação de vários grupos culturais e o show de São João Batista, com o Coral São João.

São João Batista é protetor dos doentes, das amizades e das grávidas. (Foto: Divulgação)

Hoje é dia 24 de junho, e o santo, cujo nome deu origem às festividades do mês de junho, é celebrado por católicos, fiéis e simpatizantes, com programação litúrgica e cultural, em paróquias, comunidades e igrejas em todo o Maranhão.

São João Batista é o único santo, além da Mãe de Jesus, de quem se celebra o nascimento. Primo, amigo e mentor de Jesus Cristo que por ele foi batizado no Rio Jordão, São João é profeta e mártir da Justiça.

Na Paróquia de São João Batista, no Centro, e na Paróquia de São João Batista do Vinhais Velho, ambas em São Luís, desde o dia 15 acontece o festejo em celebração ao santo.

Na igreja do Centro, o festejo se encerra hoje, com a programação litúrgica iniciando às 6h30, com Alvorada. Às 7h, acontece a 1ª Missa de São João, seguida de outras missas às 9h, e às 12h, esta presidida por Dom Gilberto Pastana. Às 14h30 tem o Terço da Misericórdia com Diácono George, e às 15h a Missa do Sagrado Coração de Jesus. A procissão será às 17h, e às 18h30 será a missa de encerramento.

Após a missa, acontece a programação cultural com a apresentação de vários grupos culturais e o show de São João Batista, com o Coral São João.

Na Paróquia de São João Batista de Vinhais, a mais antiga de São Luís, o encerramento da tradicional Festa das Águas, que este ano tem como tema, “Obedientes ao espírito Sinodal, celebramos a voz que clama no deserto”, será no próximo dia 26. Após a programação litúrgica acontece o largo cultural com venda de comidas típicas e apresentações culturais juninas.

São João Batista é protetor dos doentes, das amizades e das grávidas. Filho de um casal de idosos, Zacarias e Isabel que era estéril, mas junto ao esposo rezou por muitos anos para terem um filho, São João Batista nasceu no dia 24 de junho, seis meses antes de seu primo Jesus Cristo .

Festas joaninas

Não há como não fazer a ligação de São João com os festejos juninos, uma das tradições mais importantes da cultura nordestina. A primeira vez que uma fogueira acendeu nessa data foi há mais de dois milênios quando nascia João Batista, que recebeu esse nome por abençoar gentios nas águas do Rio Jordão.

Na temporada junina as brincadeiras buscam o famoso batizado, benção de proteção para os brincantes que durante as noites brincam nos terreiros e arraiais das cidades maranhenses levando brilho e alegria para o povo.

A ladainha de São João Batista e a apresentação da brincadeira na porta da igreja ou capela dedicada ao santo faz parte do ritual, é uma forma de pedir proteção e agradecer pelas bênçãos recebidas.

Na Igreja de São João, no Centro, fiéis acompanham a programação religiosa e também a cultura. É tradição dos grupos passarem pela paróquia para pedirem bênçãos e proteção para a sua brincadeira e brincantes, o que se torna mais forte no dia de São João.

De onde vem as tradições

Em um  texto publicado no site da Confederação Nacional dos Bispos no Brasil, fala-se sobre essa ligação do santo com as festas. É no mês de junho que no hemisfério sul, o dia é mais curto e a noite mais longa, e no hemisfério norte, o contrário, o dia é mais longo e a noite mais curta.

Tal fenômeno era motivo de celebrações em meio aos povos antigos, que pediam colheita farta e aproveitavam para agradecer as já realizadas. “No encontro com as diversas tradições regionais, as festas juninas foram adquirindo contornos característicos. No Brasil, tornou-se tradição, por exemplo, o erguimento do mastro, o estender bandeirinhas e pendurar balões coloridos, o forró e os fogos de artifício. As comidas típicas em sua maioria derivam do milho: canjica, bolos, pamonha, pipoca. No entanto, é na região Nordeste que os festejos populares ganham maior expressão”, diz o texto.

E por que a fogueira? Porque São João anunciou Jesus como “cordeiro de Deus”, ou seja, o Messias não violento. Os cordeiros eram vigiados pelos pastores que acendiam fogueiras para se aquecerem no inverno. Daí a fogueira de São João.

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