EM SÃO LUÍS

“Entra na roda, menina!”: projeto musical valoriza potencial da mulher artista

Evento será nesta quinta-feira(28), a partir das 21h, no Tebas Café.

O show será com estas convidadas de peso, com uma diversidades de sons e ritmos populares e autorais. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O projeto “Entra na roda, menina!” surgiu através de um questionamento e da inquietação da artista Rayssa Jamylle ao avaliar sua trajetória e sentir a carência de espaços ocupados por mulheres. Mas não só isso: “Havia também a falta de apoio de influências e da união destas artistas”, ressalta.

O projeto idealizado pela jovem cantora e compositora Rayssa tem em sua essência a valorização da potência da mulher artista e tem o intuito de elevar as vozes, a arte e a diversidade da mulher ludovicense.

Jamylle sempre teve essa vontade de dar início a essa ideia, mas levou um tempo a chegar a uma forma estabelecida, além do medo de não ter credibilidade. Com o tempo e com a ajuda de amigos músicos e apoio da família, ela começou a conversar sobre o projeto de deu o passo inicial ao escrevê-lo.

O resultado é o show desta quinta-feira (28), no Tebas Café. A programação contará com uma roda de conversa somente com mulheres e amigas convidadas e o depois haverá um show aberto ao público.

Participam do show as artistas Clara Madeira, Milena Mourão, Núbia, Rayssa Jamylle e Valéria Sotão. haverá também participação especial da diva do reggae, Célia Sampaio. Ao fim, todas cantarão juntas.

Show contará com participação de vários artistas, como Célia Sampaio. (Foto: Divulgação)

Confira entrevista que cantora e compositora Rayssa Jamylle deu ao O Imparcial:

Como surgiu o projeto e qual o objetivo?

Rayssa Jamylle: O projeto surgiu através de um questionamento e de uma inquietação que eu obtive durante minha trajetória por conta do acesso às casas de show que eu sempre senti falta aqui dentro da cidade por terem atrações majoritariamente masculinas; e também pela falta de apoio direto de influências femininas. Então eu criei o ” Entra na roda, menina!” com o intuito de fazer essa conexão entre as artistas femininas para que pudesse haver uma união para apoiar a nossa classe artística e para representar mulheres que se sentem de alguma forma desencorajadas por questões de quem entra na arte, principalmente sendo mulher.

“Eu acho que precisamos de mais políticas públicas acessíveis para as artistas independentes” – Rayssa Jamylle. (Foto: Reprodução)

Quais pessoas fazem parte, hoje, do “Entra na roda, menina!”?

Rayssa Jamylle: Hoje fazem parte cinco mulheres artistas: Clara Madeira, Milena Mourão, Valéria Sótão Núbia e eu. Porém decidimos dinamizar no sentido de sempre levar uma nova artista para os eventos.

Desde quando você idealização essa forma de divulgar a música e as artistas maranhenses?

Rayssa Jamylle: Sendo sincera, sempre tive essa vontade de dar início ao projeto só que ele ainda não tinha uma forma estabelecida e eu também fiquei com medo de não ter credibilidade. Um tempo depois com ajuda de alguns amigos meu da música eu comecei a conversar sobre, e foi um tempo que eu estava bastante desmotivada. Mas logo recebi todo apoio dos meus familiares e comecei a escrevê-lo.

E financeiramente, como você viabiliza?

Rayssa Jamylle: Não temos apoio de nenhum órgão público e nem patrocínio de alguma empresa. Eu obtive uma parecia com o Tebas que nos cedeu o espaço por acreditar na proposta do evento e entramos com o resto produzindo todo o evento.

Hoje, o mercado de música no Brasil tem uma forte presença feminina, mas ainda precisa de mais o quê?

Rayssa Jamylle: Eu acho que precisamos de mais políticas públicas acessíveis para as artistas independentes não só dá música que precisam de apoio e incentivo durante sua jornada cantando, tocando, discotecando, dançando e etc…

Explica como vai ser essa roda de conversa e como participar?

Rayssa Jamylle: Bom, a roda de conversa terá a partição das convidadas artistas e infelizmente não conseguimos abrir ao público no primeiro momento. Na roda será a bordada uma temática na qual reflete os problemas pelos quais o projeto foi criado será intermediado por mim e aberto à discussão de todas.

“O projeto surgiu através de um questionamento e de uma inquietação que eu obtive durante minha trajetória” – Rayssa Jamylle. (Foto: Reprodução)
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