MODA

“Pantanal”: veja o que os figurinos dizem sobre os personagens

Figurinista pretende trazer texturas e simbolismo por trás de cada peça.

A figurinista Marie Salles é a atual responsável pelo remake. (Foto: João Miguel Júnior/ Globo)

A moda é uma forma de expressão muito usada na cinematografia, nessa onda, a novela “Pantanal” vem se mostrando engajada na área. São usados figurinos que compõem a simbologia da narrativa e revelando aspectos emocionais dos personagens.

A figurinista Marie Salles é a atual responsável pelo remake, em seu trabalho, já foi autora de figurinos de grandes obras, como “Amor de Mãe”, “Avenida Brasil”, “Cordel Encantado”, entre outros.

Os processos de caracterização das roupas é feito para adaptá-las ao cenário pantanesco. Dessa forma, para compor os looks, foram modificados artificialmente tecidos, calçados, chapéus e algumas peças foram envelhecidas.

Não só a parte das texturas é importante, mas o simbolismo existente por trás de cada peça de roupa vestida pelos personagens. Esses são compostos com informações visuais sobre o momento de vida, estado emocional, história, rotinas, características da personalidade e outros.

Uma forma mais palpável de entender essa simbologia é através das cores utilizadas pelos personagens. Por exemplo, o Joventino veste tons alaranjados que representam o pôr-do-sol. A Juma também tem cores que lembram o sol, mas num primeiro instante é perceptível o céu e flores, cores mais pastéis.

Para a Filó, seu ponto de enfoque é nos pés, onde Marie Salles escolheu usar paletas que lembram araras e dos ipês.

Bruna Linzmeyer, atriz que interpreta Madeleine, destaca que gosta de brincar com a contraposição de peças e calçados, afirmando que o público pode esperar looks de uma personagem com traços de personalidade de uma garota mimada e rica que ao longo dos episódios vai se amargurando.

Outro ponto foi o uso do figurino de 32 anos que o ator Paulo Gorgulho, participante da versão original, teve a chance de usar novamente para as filmagens. A repetição da calça e do chapéu resgatam a memória da obra em seu lançamento.

Durante a pesquisa, a figurinista relata que trabalhou com viagem à região e o consumo da trama original, mas não se limitou a isso, utilizou também de fotos, documentários e registros que ajudaram na concepção do projeto.

No remake, o figurino carrega um pouco da essência de trinta anos atrás, mas também é reformulado de acordo com as mudanças atuais da região, para garantir que a produção artística das vestimentas se adequem a nova realidade.

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