HALLOWEEN

Conheça a bruxaria moderna no Maranhão

Com a chegada do dia 31, venha conhecer como funciona a vida de uma bruxa moderna. A bruxaria não possui nenhuma ligação religiosa

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Neste domingo, dia 31 de outubro, acontece um dos feriados mais famosos mundialmente, conhecido pelas fantasias, filmes de terror etc. O Halloween, ou Dia das Bruxas, é uma celebração aos mortos que antecede o Dia de Todos os Santos e tipicamente feita por países cristãos ao redor do mundo, mas também possui suas origens pagãs.

Apesar de ser um festejo religioso, é mais conhecido pelas celebrações através de fantasias.

Mesmo com muitas fantasias, as bruxas são o maior destaque do feriado e pessoas usando chapéus pontudos e roupas pretas se tornaram comuns ao longo dos anos, mas poucos sabem que as verdadeiras bruxas podem ser encontradas em qualquer lugar.

Marília Fontes, de 23 anos, é uma delas e vive uma vida como qualquer outra, exceto pelo fato de praticar bruxaria há mais de 5 anos.

Marília afirma praticar bruxaria natural, que é baseada em utilização de ervas, poderes da natureza etc. e conta que não se deve confundir com aqueles que seguem a religião Wicca, também associada a bruxas. “A principal diferença é que Wicca é uma religião, então tem todos os dogmas religiosos, culto aos deuses, enquanto a bruxaria é uma prática mística e milenar que tem como intuito utilizar as forças da natureza, a magia em si a seu favor”, conta.

A bruxaria não possui nenhuma ligação religiosa, portanto não é necessário seguir nenhum tipo de tradição, mas é comum a existência de covens, um grupo de bruxas que praticam em conjunto, porém Marília se considera uma bruxa solitária por preferir praticar sozinha e afirma não conhecer nenhum coven em São Luís. Em um coven, os participantes possuem suas próprias tradições, livros e até mesmo fazem oferendas.

A jovem conta que existe um tabu em relação a bruxaria sobre quem pode praticar, ela diz que não existe nenhum requisito e qualquer um pode integrar. Marília não conhece muitos que pratiquem a bruxaria, conta conhecer em torno de seis pessoas que vivem o mesmo que ela, uns a mais tempo que outros, mas ela incentiva todos que estiverem interessados a procurar conhecer mais sobre esse estilo de vida. Para os que tiverem vontade de conhecer, Marília possui uma conta no Instagram relacionado a suas práticas (@amgmistica).

Como quando surgiu o dia das Bruxas?

Desde o século 18, historiadores apontam para um antigo festival pagão ao falar da origem do Halloween: o festival celta de Samhain (termo que significa “fim do verão”).

O Samhain durava três dias e começava em 31 de outubro. Segundo acadêmicos, era uma homenagem ao “Rei dos mortos”. Estudos recentes destacam que o Samhain tinha entre suas maiores marcas as fogueiras e celebrava a abundância de comida após a época de colheita.

O problema com esta teoria é que ela se baseia em poucas evidências além da época do ano em que os festivais eram realizados. A comemoração, a linguagem e o significado do festival de outubro mudavam conforme a região. Os galeses celebravam, por exemplo, o “Calan Gaeaf”. Há pontos em comum entre este festival realizado no País de Gales e a celebração do Samhain, predominantemente irlandesa e escocesa, mas há muitas diferenças também.

Em meados do século 8, o papa Gregório 3º mudou a data do Dia de Todos os Santos de 13 de maio – a data do festival romano dos mortos – para 1º de novembro, a data do Samhain. Não se tem certeza se Gregório 3º ou seu sucessor, Gregório 4º, tornaram a celebração do Dia de Todos os Santos obrigatória na tentativa de “cristianizar” o Samhain.

Mas, quaisquer que fossem seus motivos, a nova data para este dia fez com que a celebração cristã dos santos e de Samhain fossem unidos. Assim, tradições pagãs e cristãs acabaram se misturando.

Quando surgiu o Dia das Bruxas?

O Dia das Bruxas que conhecemos hoje tomou forma entre 1500 e 1800.

Fogueiras tornaram-se especialmente populares a partir no Halloween. Elas eram usadas na queima do joio (que celebrava o fim da colheita no Samhain), como símbolo do rumo a ser seguido pelas almas cristãs no purgatório ou para repelir bruxaria e a peste negra.

Outro costume de Halloween era o de prever o futuro – previa-se a data da morte de uma pessoa ou o nome do futuro marido ou mulher.

Em seu poema Halloween, escrito em 1786, o escocês Robert Burns descreve formas com as quais uma pessoa jovem podia descobrir quem seria seu grande amor.

Muitos destes rituais de adivinhação envolviam a agricultura. Por exemplo, uma pessoa puxava uma couve ou um repolho do solo por acreditar que seu formato e sabor forneciam pistas cruciais sobre a profissão e a personalidade do futuro cônjuge.

Outros incluíam pescar com a boca maçãs marcadas com as iniciais de diversos candidatos e a leitura de cascas de noz ou olhar um espelho e pedir ao diabo para revelar a face da pessoa amada.

Comer era um componente importante do Halloween, assim como de muitos outros festivais. Um dos hábitos mais característicos envolvia crianças, que iam de casa em casa cantando rimas ou dizendo orações para as almas dos mortos. Em troca, eles recebiam bolos de boa sorte que representavam o espírito de uma pessoa que havia sido liberada do purgatório.

Igrejas de paróquias costumavam tocar seus sinos, às vezes por toda a noite. A prática era tão incômoda que o rei Henrique 3º e a rainha Elizabeth tentaram bani-la, mas não conseguiram. Este ritual prosseguiu, apesar das multas regularmente aplicadas.

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