MODA

“Asopo”: a conexão de João Belfort e sua ancestralidade

Designer maranhense de moda afro, João Belfort acaba de lançar sua mais nova coleção.

Reprodução

Designer maranhense de moda afro, João Belfort acaba de lançar sua mais nova coleção. Conhecido por produzir peças com estampas e estilos únicos presentes em sua marca @modadojoao. Para este novo trabalho, o estilista buscou inspiração na ancestralidade de seus antepassados para confeccionar a produção. Batizada de “Asopo”, João Belfort, explica que o nome significa “conexão” na língua iorubá. “É esta conexão que nos une e nos faz corajosos e cheios de vontade”, disse João Belfort.

Em entrevista a O Imparcial, o estilista ressaltou que a ideia desta coleção da @modadojoao ganhou mais intensidade, após ter feito um breve passeio a Salvador onde conectou suas experiências às já vividas por ele em São Luís. “Salvador é um lugar de beleza e cheio de vida, com muitas histórias, e com uma memória viva dos nossos ancestrais, assim como São Luís. Sentir que somos ligados é uma pulsação! Somos povos parecidos nas cores, no molejo, no riso e na espontaneidade de ser! A ancestralidade grita na veia, a nossa mistura se completa e a arte é o grito de liberdade e o amor une! Asopo!”, contou o estilista João Belfort.

Para o lançamento da nova coleção João Belfort convocou o fotógrafo Danrley Igor, e um time de estrela formado pelo modelo e jogador de basquete Abnner, “a dama do reggae”, a cantora Celia Sampaio, e as modelos Kellen Lopes Ramalho e Thais Regina. A make levou a assinatura de Maykon Sousa e o hair style por India Amazonina. A direção de arte é de @opedefeijao, @marcosferreira.gomes @joaobelfort @joaovncs e os acessórios @desalinho.slz.

João Belfort revela que a moda que faz propõe o rompimento com a bolha em que nós vivemos e ter um olhar mais apurado sobre as novas tendências e perspectivas que a moda possibilita. O produtor de moda explicou ainda que o trabalho que desenvolve surgiu da necessidade de desenvolver um estilo que aqui em São Luís as pessoas ainda não tinham encontrado. “A ideia surgiu em produzir roupas sem identidade de gênero. O corte é o mesmo e as peças servem tanto para homem quanto para mulher”, disse o estilista.

Antes de enveredar pelo mundo da moda, quando estava cursando o Ensino Médio, João Belfort, pensou em estudar Direito, História e acabou sendo influenciado por uma amiga para que ele participasse de um projeto na área de moda, idealizado por Cláudia Cabral. “Foi nesse projeto que eu fui me encontrando no mundo da moda. E depois disso, me formei em publicidade e percebi que eu queria era trabalhar na área de criação. E isso se potencializou quando fui trabalhar em uma revista de moda. Hoje dia o que eu faço, lembro que fazia quando era criança. Então acho que isso já estava predestinado em minha vida. E que eu não faria outra coisa”, contou João Belfort que estabeleceu conexões com outros estilistas maranhenses como Chico Coimbra (in memorian), Glauber Pinto, a fotografa Tatiana Soares, Tamara Marx da “Cadê Beltrano” entre outros.

Sobre o futuro na moda, João Belfort, espera que a moda que faz ultrapasse as divisas e fronteiras para que as pessoas possam ter a oportunidade de conhecer o trabalho que já está circulando no México, Estados Unidos e Portugal.

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