MÊS DO DESIGNER GRÁFICO

Arte, criatividade e tecnologia: histórias de sucesso de designers gráficos maranhenses

Jovelino Furtado, Joelson Sodré e Hudson Santos compartilham a própria história e encorajam pessoas com talento para o design a investirem na carreira

Reprodução

Aos seis anos de idade, o designer gráfico Jovelino Furtado pensou que todas as crianças desenhavam como ele. “Na primeira atividade artística em sala de aula, desenhei uma vaca. Estava tão atento ao que estava fazendo que não notei outras crianças logo atrás de mim admiradas, inclusive a professora. Levantei-me da cadeira e fui olhar os desenhos das outras crianças e foi aí que eu descobri meu talento”, lembra Furtado, que sete anos mais tarde já iniciava a carreira como designer.
O profissional perdeu a conta de quantos trabalhos já fez durante toda sua trajetória na área, mas destaca o do Guaraná Jesus. Jovelino foi o responsável pela criação da marca do refrigerante cor de rosa. “Segundo um membro da família do criador da fórmula, a antiga marca era a assinatura do dono e a recomendação era que não perdesse a essência da assinatura. Então fiz a releitura da marca, que praticamente é uma nova, mas que lembra muito a antiga”, conta.
Jovelino chama atenção para as produções de designers atuais e deixa um conselho aos colegas de profissão. “Não abram mão do seu próprio lado criativo. Referências são um norte, um rumo supostamente a seguir, desde que tenham cara, criatividade e potencial criativo próprios”.
Cálculo jamais!
 
Entre todos os cursos à sua disposição, Joelson Sodré, 35, escolheu o design pela afinidade com arte, desenhos animados e quadrinhos. É com ênfase que ele afirma: “Cálculo nunca foi o meu forte!”.
Ao longo da carreira de quase 20 anos, ele coleciona trabalhos especiais, dentre os quais destacam-se a arte gráfica para o SLZ Fashion 400, que recebeu o Grand Prix em design no prêmio colunistas Norte/Nordeste 2013, o mais importante prêmio regional da propaganda; o logotipo do Maranhão Terra de Encantos, em parceria com Jovelino Furtado – projeto vencedor do ouro no prêmio colunistas 2017; e o logotipo do podcast Maranhês, um dos últimos criados por ele.
Para cada área, seus próprios desafios. “Todo projeto é desafiador. Entrar na cabeça do cliente, estudar o universo do projeto e trazer todos os elementos possíveis à mesa. Um projeto de design é fazer mais com menos. É aceitar que ele nunca termina, que sempre pode ser melhorado”, explica Sodré.
Informação como peça-chave
 
O mercado de trabalho para o designer gráfico dispõe de uma variedade de funções e, por isso, é bem amplo. Enquanto Jovelino, por exemplo, gosta de criar logotipos, Hudson Santos, por outro lado, é mais atraído pela arte publicitária. “Meu trabalho sempre foi mais direcionado para a publicidade. Isso me atrai muito mais”, garante.
Bem-humorado, Hudson conta que foi ‘avisado’ sobre sua aptidão quando tinha 18 anos. “Me avisaram que eu tinha veia para o Design quando fiz um autorretrato, mas não sabia desenhar as orelhas. Na ocasião, meu irmão foi quem desenhou”.
Para ele, um designer criativo e com percepção estética precisa de informação. “Adquirir o máximo possível de informação, ler, assistir filmes, séries, visitar museus, ver portfólios de outros designers, conhecer um pouco da história da arte, lapidar e transformar tudo em conhecimento. Quando esses hábitos são aliados à técnica, é possível ser um designer inovador. A informação é sempre a melhor inspiração”.

Perguntado sobre frases que mais ouve em sua área, ele responde sem dúvidas. “’Seguiu o briefing?’, “Tá pronto o layout”. Isso é recorrente. Adoramos palavras em inglês”, confidencia o profissional.

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