LITERATURA

Sônia Guajajara é um dos destaques na FLUP 2020

Maranhense participará do ciclo de debates promovido pelo Coletivo Legítima Defesa que debates sobre experiências ameríndias e negras na Festa Literária das Periferias

Ministra dos Povos Indígenas (Foto: Reprodução)

A líder indígena Sônia Guajajara e a historiadora Raquel Barreto serão um dos destaques na FLUP 2020 – Festa Literária das Periferias organizada pelo coletivo Legítima Defesa que segue realizando o projeto Amefricanidades com o “Ciclo Lélia Gonzalez: Uma Intelectual Amefricana”. Sônia Guajajara e Raquel Barreto são as convidadas para o painel de debates “Amefricanidades: Para Dar Luz às Sabedorias e às Experiências Negras e Ameríndias no Continente Americano”, no dia 17 de outubro, sábado, às 19h, com transmissão pelo Facebook e no canal do YouTube da @FlupRJ.

A maranhense Sônia Guajajara nasceu Sônia Bone, na Terra Indígena de Araribóia, no Maranhão. Desde muito cedo entendeu que precisava lutar contra o anonimato, contra a invisibilidade dos povos indígenas. “Todo tempo eu queria encontrar um rumo, um jeito de como trazer essa história e essa vida dos povos indígenas para um conhecimento da sociedade.”

Sônia é professora do ensino fundamental, auxiliar de enfermagem, liderança indígena feminista. Mas a sua força e coragem lhe levaram a alçar voos maiores, chegando a ser a primeira mulher indígena a concorrer numa chapa à presidência da República, em 2018, aos 44 anos. A líder indígena ocupa cargos de destaque em diferentes organizações e movimentos. Entre eles, a Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), onde é coordenadora executiva.

Já Raquel Barreto é historiadora e pesquisadora. Atualmente, no doutorado desenvolve pesquisa a respeito do Partido dos Panteras Negras e as relações entre visualidade, política e poder, na UFF. Seu mestrado concluído tem como título “Enegrecendo o feminismo ou feminizando a raça: narrativas de libertação em Angela Davis e Lélia Gonzalez”.

Participou do projeto de publicação independente dos livros das pensadoras Lélia González e Beatriz Nascimento, produzidos pela União dos Coletivos Pan Afrikanos de São Paulo, e prefaciou a edição brasileira do livro Angela Davis, uma autobiografia. Já dividiu mesas com Angela Davis e Patricia Hill Collins, em Outubro de 2019, em São Paulo. É também co-curadora da exposição Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros, no Instituto Moreira Salles.

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