O dia do nordestino é comemorado no dia 08 de outubro em todo o Brasil. A data celebra toda a nossa riqueza e diversidade folclórica e cultural. O nordeste é dono de estilos musicais, danças, festas, superstições, artesanatos, belezas naturais e muito mais.

O nordestino é além de tudo o maior tesouro da cultura nacional. Saíram do nordeste vários artistas conhecidos no Brasil e em todo o mundo. Artistas que marcaram gerações e que mesmo anos após a sua morte, ainda são conhecidos. Basta tocar um trecho de uma música que todo mundo já conhece.

Confira 2 artistas que já faleceram e fazem sucesso até os dias de hoje:

Luiz Gonzaga

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em Exu, Pernambuco, 13 de dezembro de 1912 e faleceu em Recife, Pernambuco, em 2 de agosto de 1989.

O cantor e compositor é conhecido como o Rei do Baião, e é uma das mais importantes figuras nordestinas na música brasileira. Conhecido por sua sanfona e por voz marcante, suas músicas contavam as difíceis histórias do sertão brasileiro, falavam da pobreza, seca, fome e também de injustiças, como a música “A morte do Vaqueiro”, onde ele homenageia o seu primo e denuncia o seu assassinato e a omissão das autoridades.

Em alguns trechos ele conta detalhes sobre o cotidiano e o assassinato do primo, como por exemplo a forma como ele foi encontrado e sobre o seu cão, seu fiel parceiro.

“Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro

Que inda chora
Sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor” (…)

Ouça: 

Belchior

Antonio Carlos Belchior, nasceu em Sobral, Ceará, 26 de outubro de 1946 e morreu em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul em 30 de abril de 2017.

Foi cantor, compositor, músico, produtor, artista plástico e professor. Belchior foi um dos primeiros músicos de Música Popular Brasileira, vindo do nordeste, a fazer sucesso fora do Brasil.

Algumas de suas músicas atravessaram gerações e são conhecidas e regravadas até os dias de hoje, como no caso da música “Como nossos pais”, composta por ele, imortalizada na voz de Elis Regina, ou até mesmo “Sujeito de Sorte”, que recentemente ganhou uma versão no disco de Emicida, na música Amarelo, com a participação de Pabllo Vittar.

As suas músicas faziam além de revolução, denunciavam o sentimento de tristeza da juventude da época e expressavam os sentimentos mais diversos, como por exemplo na música fotografia 3×4, onde ele conta como se sente um jovem que tentou ganhar a vida no sul do país e também o preconceito vivenciado por ele.

“Eu me lembro muito bem do dia que eu cheguei
Jovem que desce do Norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar légua tirana
De lágrimas nos olhos de ler o Pessoa
E de ver o verde da cana