ARTE URBANA

Conheça o novo grafite de Gil Leros no Beco do Silva

Obra feita pelo artista visual e grafiteiro Gil Leros que faz parte das ações do programa “Nosso Centro”, transformou-se em um ponto turístico no Centro Histórico de São Luís

Reprodução

Quando uma tinta azul começou a cobrir o grafite na escadaria do Beco do Silva, no Centro Histórico de São Luís, internautas reagiram com indignação: “caramba, que desrespeito”, disse um usuário. “Que vandalismo!”, protestou outro. O que muita gente não sabia é que a tinta azul era apenas o início da nova intervenção do artista visual Gil Leros no local, como parte das ações do programa estadual Nosso Centro.

Em 2019 a arte de Gil Leros fez com que o espaço se tornasse sensação entre turistas e ludovicenses. Na época, ele escolheu pintar a imagem de uma coreira, em referência ao Tambor de Crioula do Maranhão, um dos ícones da cultura popular maranhense. Este ano o artista repaginou o visual na escadaria. A coreira deu lugar à ilustração de um guará, pássaro de penas vermelhas encontrado em larga escala na costa maranhense, e uma janela colonial, marca arquitetônica da capital patrimônio histórico da humanidade.

Gil Leros conta que o tema mudou, mas a intenção de sua nova intervenção artística continua a mesma: transmitir via arte de rua, valores e belezas típicos do Maranhão. Só que dessa vez o artista se preocupou em alertar o público sobre a importância da preservação ambiental, com ênfase na conservação das áreas de manguezais. “De forma bem simples eu venho pontualmente colocando o guará nas paisagens dos lugares, para que a galera tenha esse ‘start’ e consiga, por meio da pintura, entender a existência desse animal, entender o habitat desse animal e comece a se reeducar sobre a importância do mangue, não só como forma de proteção das margens litorâneas, mas também como um local em que vive um animal tão belo”, detalha Gil Leros.

Apesar de ser figura marcante da fauna maranhense, Gil Leros acredita que o guará é um ilustre desconhecido para boa parte da população. E assim como fez quando pintou a coreira, o artista aposta no tom educativo do seu trabalho para conscientizar moradores e visitantes sobre as potencialidades locais. “Quando a gente pintou a coreira muita gente veio perguntar: o quê que é isso? E essa baiana? O pessoal não sabia reconhecer o que era uma coreira, não entedia aquela mulher como uma coreira. No imaginário de muita gente ela era uma baiana. No guará tá acontecendo a mesma coisa. O pessoal não sabe que ave é aquela, apesar de ser muito comum na nossa região”, avalia.

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