NATAÇÃO INFANTIL

Bebês nas piscina? Veja 3 razões para evitar o uso de boias

Especialista em natação para bebês relaciona sensação de segurança a possíveis acidentes em piscinas

Reprodução

Sim, o tema é polêmico e costuma fazer muitos pais e mães torcerem o nariz. Mas existem alguns motivos pelos quais diversos profissionais de educação física que trabalham com natação infantil são categóricos ao afirmar que o melhor é dizer “Não” às boias, especialmente, durante o processo de aprendizagem.
“As pessoas me perguntam: ‘Todas as marcas e modelos?’, e eu respondo que sim; ‘Nem um minutinho rápido?’, e eu digo que não; ‘Mas o bebê não quer colo!’, e eu retruco que então é melhor tirá-lo da piscina; ‘Poxa, mas é tão lindo ver ele ali sozinho nadando!’, e eu explico que ele não está nadando, está se deslocando com ajuda de um flutuador; ‘Ah, mas não quero entrar na piscina!’, e aí eu nem respondo, porque a vida de um ser humano vale mais do que qualquer coisa”, defende Tatiana Galli, especialista em natação para bebês.
Veja, então, as três principais razões pelas quais o uso de boias deve ser evitado nessa fase da vida, segundo a profissional.

1 – Boias não são seguras

“A maioria das boias não tem selo de segurança da Marinha, então é fácil entender que nem devem ser compradas”, opina.

2 – Boias dão falsa segurança

“Na insegurança, você coloca a boia. Na segurança, você dá aquela olhadinha rápida no celular, ou vai só ali rapidinho…”, compara Tatiana.

3 – Boias dificultam a aprendizagem

“O bebê fica viciado na boia. Às vezes, ele nem mesmo identifica se está ou não com a boia e pode se jogar”, alerta a profissional. Tatiana Galli também menciona outras prejuízos no processo, como a posição verticalizada, que é errada para nadar, além da perda de autonomia e liberdade de movimento.

Prevenção de afogamento

Se, ainda assim, pais e mães quiserem usar as boias, a professora de natação orienta que, pelo menos, sigam as regras de segurança da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), organização sem fins lucrativos que atua para prevenir afogamentos, estabelecer melhores técnicas, uniformizar e difundir conhecimento.
 
De acordo com a SOBRASA, afogamentos são a segunda maior causa de morte em crianças de 1 a 4 anos de idade, e 53% dos casos ocorrem em residências.
 
Caso queira colocar o bebê em uma boia de qualquer jeito, a pessoa responsável deve estar junto, a uma distância máxima equivalente a um braço. “A boia pode furar, soltar ou virar,  e você pode perder o seu maior tesouro. Não confie no seu excesso de segurança, basta apenas um segundo”, conclui a professora Tatiana Galli.
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