DIA DO PSICOLOGO

Psicologia: atividades marcam os 58 anos da profissão

Este ano a campanha tem como tema “Superando distâncias, conectando vidas” e aborda os desafios impostos pela pandemia de Covid-19

Reprodução

Ao longo deste mês de agosto os conselhos regionais de Psicologia estão realizando diversas atividades online pelo Dia do Psicólogo e da Psicóloga, e os 58 anos da profissão no Brasil. No Maranhão, o Conselho Regional está com uma programação diária a partir das 14h nos canais da instituição na Internet, Facebook e Youtube. No dia 27, dia do profissional, a programação começa às 14h com Mesa Redonda e às 19h30 tem a live Papel da Psicologia na Luta Antirracista. No dia 28, a programação finaliza com apresentação de Marcone Rezende às 19h30.

A campanha deste ano tem como tema “Superando distâncias, conectando vidas”. Assim, a instituição quer divulgar a importância da Psicologia para a sociedade, problematizar os maiores e mais recentes desafios impostos pela pandemia da COVID-19 e valorizar a atuação das (os) mais de 377 mil psicólogas (os) nas diversas regiões do país, com um trabalho orientado pelo reconhecimento das diversidades e a defesa dos direitos humanos.

Especialmente nesse período de pandemia, esse profissional nunca foi tão solicitado, tendo em vista os problemas de saúde mental que ocorreram em boa parte da população ocasionados pelo medo, insegurança, ansiedade, e também para ajudar na adaptação do novo. “O que percebo que temos como maior desafio na época da pandemia, é conseguir extrair de maneira remota de cada cliente uma manobra para poder lidar com tantas privações, às vezes somatizadas com o luto, e também com o fato de não podermos ter um convívio social.

Existe ainda a questão de termos várias mudanças dentro da rotina e convívio em casa, como trabalho, e fazer a adaptação, dinâmica familiar versus tempo e respeito ao espaço no convívio com outro familiar. Aliado a isso, aperfeiçoarmo-nos para lidar com os recursos digitais, a exemplo dos aplicativos de celulares tais como mídias, videoconferências, rumo ao atuante cenário das terapias online”, disse Fabiana Borges Macedo, Doutoranda em Psicologia na Universidade do Algarve/Portugal.

E por falar em terapia, nesse período, muitos consultórios foram substituídos pela tela dos computadores, tablets ou celulares. E foi aí que os profissionais precisaram adaptar o ambiente terapêutico ao ambiente residencial para dar privacidade ao paciente. “O atendimento passou a ser presencial e remoto, todavia ele não perde o prestígio de estarmos com o outro buscando a sua verdadeira motivação psicológica. Com isso, o cliente precisou buscar essa privacidade em seus lares, e, para realizar um setting terapêutico benéfico, precisaram se inovar em seus quartos, escritórios, carros, visando ambiente em que seu sigilo pudesse ser respeitado com vigor. Então, procuramos a melhor atuação profissional, algo que já fazíamos, buscando a motivação psicológica, os espaços mais adequados para que o paciente continue se sentindo-se confortável em seus próprios lares”, destacou a profissional.

Também para enfrentar os desafios impostos pela pandemia, o CRP-MA elaborou, ainda no mês de março, quando a pandemia se fazia real, um protocolo de atendimento a hospitais, centros, residências, escolas, entre outros locais. “É importante frisar que diante desse contexto atípico, a/o profissional de Psicologia exerce um papel fundamental de referência no cuidado da saúde mental da população, em todas as áreas de atuação.

Desta forma, suas ações devem contribuir para:  Acolher as demandas individuais (medos, fobias, ansiedade, pânico etc.), refletir sobre o impacto de possíveis mudanças de hábitos e implicações emocionais nesse contexto, refletir e orientar sobre as implicações psicológicas decorrentes do isolamento social, refletir sobre as especificidades de uma situação de pandemia cujos danos, riscos e consequências atingem e vulnerabilizam de modo diverso à sociedade ‒ destacando que as desigualdades socioeconômicas limitam o acesso a cuidados mínimos e à proteção adequada, deixando desassistida grande parte da população”, aponta o documento, assinado pela presidente do Conselho, Rosana Mendes Éleres de Figueiredo.

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