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O mundo dos games invade o Maranhão

Quando o assunto é o anúncio de um novo gadget da Apple ou Samsung, os fãs das marcas ficam eufóricos. Não é muito diferente no mundo dos games com o anúncio de um novo console.

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Quando o assunto é o anúncio de um novo gadget da Apple ou Samsung, os fãs das marcas ficam eufóricos. Não é muito diferente no mundo dos games com o anúncio de um novo console. No caso, o mais novo mascote da Sony o PlayStation 5 vem para substituir seu antecessor o PlayStation 4 (lançado em 2013). Já anunciado para o fim de 2020 o PS5 promete ser um dos consoles com o que há de mais potente em hardwares com qualidade de processamento para rodar jogos com gráficos cada vez mais altos.

O lançamento do console segue ainda à base de especulações sobre o que pode ou não conter como por exemplo a retrocompatibilidade. Ainda não há confirmação de que este recurso seja usado no PS5, ou em algum outro produto da Sony, já que diversas patentes são criadas e registradas, mas nunca saem do papel. De qualquer forma, é esperado o desenvolvimento de uma tecnologia com essas características pensando em adicionar a retrocompatibilidade ao PlayStation 5 levando em conta todo um legado de jogos ao longo da história dos modelos anteriores do console.

Quanto aos jogos já anunciados, o mercado especula que Cyberpunk 2077, Death Stranding, Final Fantasy VII Remake e The Last of Us Part II serão games cross-gen: ou seja, chegarão para o PS4 e PS5 respectivamente. O console também já conta com um site oficial que trará todas as novidades sobre as especificações técnicas durante o decorrer deste ano.

Mas antes do lançamento do novo gigante da Sony, vamos lembrar aqui alguns dos jogos que marcaram a última geração do PlayStation 4. A lista poderia ser extensa, mas iremos listar aqui pelo menos 5 do que foram considerados um marco do console:

Shadow of the Colossus

Esse clássico da Team Ico é considerado um dos melhores games do PlayStation 2. O remake de PS4 surpreende porque consegue reproduzir a ação isolada da aventura original. Shadow of the Colossus marcou por oferecer aos jogadores uma jogatina solitária, fazendo com que lutas contra gigantes sejam a sua principal mecânica. O upgrade no visual do game torna a experiência ainda mais impactante. As paisagens são mais bonitas e os colossos mais estonteantes, dando uma nova vida ao game.

Uncharted 4: A Thief’s End

Um jogo que combina beleza realista com um nível de histórias de filmes blockbuster que raramente é visto nos games. A aventura leva você a vários países totalmente diversos, descobrindo uma misteriosa e fascinante narrativa sobre política, traição, piratas, relacionamentos e responsabilidade, tanto no cenário atual como na mensagem que o game passa. A ação lisa em terceira pessoa é espaçada por momentos genuínos e sensíveis de seus personagens. Se você é fã de Nathan Drake, este game é indispensável.

Horizon Zero Dawn

Por meio de um vasto e lindo mundo aberto, Horizon Zero Dawn traz mecânicas com polimento e funções impecáveis. O combate é sua principal atividade e é extremamente satisfatória graças ao design variado e comportamentos de criaturas-máquinas espalhadas pelos cenários. As missões são atraentes graças a um mistério principal que leva você em busca de respostas, até chegar em uma conclusão genuinamente surpreendente. Sem contar que este é um dos games mais visualmente belos já feitos para consoles.

The Witcher 3: Wild Hunt

The Witcher 3 é um banquete para os jogos de mundo aberto – seus dois mapas principais são imensos e lotados de diferentes atividades. É impossível andar pelo game sem encontrar paisagens de tirar o fôlego ou trombar com alguma nova coisa para se fazer. A melhor parte de Witcher 3 é que quase todos os pontos de interesse que você encontra, se conectam ao contexto do jogo, fazendo com que o mundo de Geralt de Rivia seja um dos mais profundos da história dos games. Com isso, fica fácil se interessar pela história, sistemas de RPG e sua diversa mecânica de combate.

God of War

Considerado por muitos críticos o melhor game do PS4, mostra um incrível nível de cuidado com a criação de seu mundo, personagens e jogabilidade, trazendo uma antiga franquia da PlayStation de volta a vida. O jogo consegue interligar todos aspectos de narrativa e gameplay, fazendo com que cada centímetro explorado seja gratificante. Tudo, desde a narrativa principal até as missões secundárias acrescentam algo para jornada de Kratos e Atreus. God of War também é rico em jogatina, com o machado do Deus da Guerra sendo uma das armas mais satisfatórias do jogo. Tudo isso e muito mais tornam o game uma das melhores experiências da geração atual.

Menções honrosas: Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, The Last of Us: Remastered, Resident Evil 2 Remake, Red Dead Redemption 2, Grand Theft Auto 5, Days Gone e Bloodborne.

Criação e Desenvolvimento

Mas nem só de entretenimento vive a indústria dos games. Antes de podermos desfrutar desses jogos incríveis há um esforço enorme de muitas pessoas envolvidas, e as vezes, até de uma pequena equipe desenvolvendo novos jogos mesmo em casa, como conta a maranhense criadora e diretora criativa do jogo Pixel Ripped Ana Ribeiro:

“Com as plataformas de criação de jogos que temos hoje, como Unity e Unreal, conseguimos ir bem mais longe no desenvolvimento de jogos. Um bom exemplo que gosto de dar é como se você fosse cozinhar um bolo em casa e você não tivesse a cozinha e daí tivesse que construir o fogão antes de poder fazer o bolo. As plataformas de jogos já vêm com o “fogão” pronto e nós como desenvolvedores temos que nos preocupar somente em fazer o bolo.

Sem as plataformas de jogos teríamos que programar todo o código do zero e com o Unity você já tem coisas que são utilizadas na maioria dos jogos já feitas para você, como por exemplo a câmera. Todo jogo precisa de câmera, então o Unity já providencia para você uma feita. Eu já passei pelas duas situações, meu primeiro curso de programação para games era focado em criar plataformas de games em C++, uma das linguagens de programação mais complicadas. Foi no meu segundo curso, mestrado em games, que comecei a aprender a usar Unity e foi como aprender a dirigir um fusca e pegar um jaguar. Ao invés de perder meses programando a câmera, físicas, vídeo players, animações, perdi meses realmente criando o que era especial do meu jogo como level design, criação dos personagens, narrativa, mecânicas de gameplay, realmente criando o jogo em si e não somente ferramentas necessárias para a sua criação”.

A desenvolvedora fala sobre as suas referências, como se deu o processo criativo do seu jogo Pixel Ripped 1989 (também disponível para PS4), e também das dificuldades durante o processo de criação:

“Eu cresci nos anos 80 então trouxe muita influência de jogos clássicos como Battletoads, Megaman, Golden Axe, Super Ghouls N Ghosts, Sonic, Mario, DuckHunt, Tetris e filmes como o Clube dos 5”.

Comecei a me interessar por jogos desde que me entendo como gente. Lá em casa sempre tivemos jogos, tenho 3 irmãos e daí quando nasci já tínhamos um Odyssey Magnavox II e Atari. Sempre joguei vídeo game, mas demorei bastante para considerar uma carreira, foi somente em 2010, aos 26 anos, que mudei de carreira e deixei de ser funcionária pública para começar a estudar desenvolvimento de jogos. Hoje trabalho com games há 10 anos e ainda não caiu a ficha de que estou trabalhando com o que mais amo, algo considerado por anos “brincadeira de criança”.

Sobre a dificuldade, varia de jogo para jogo, mas no geral considero mais difícil saber a hora de parar de polir e lançar o jogo para o público. Todo artista lança sua obra com a sensação de que poderia ter feito melhor, sempre queremos polir mais, consertar todos os bugs, balancear todos os levels e é difícil chegar no momento de “Let it go” em que você consegui saber que chegou o momento de parar e finalmente lançar o jogo

Ela também dá dicas para quem quer desenvolver seu próprio jogo:

Vale ressaltar que hoje com plataformas de criação como o Unity, que é de graça para baixar, qualquer pessoa pode começar a desenvolver jogos em casa. Muitas crianças estão aprendendo a fazer jogos devido a quantidade enorme de tutoriais online, hoje basta realmente querer, pois todas as ferramentas e conhecimentos necessários então a disposição. É possível sim fazer jogos com custo mais baixo, principalmente com as plataformas que temos hoje, uma pessoa pode fazer um jogo sozinho. Só é preciso planejar direito o escopo e design para tornar possível. Caso tenha uma ideia muito complexa e perceba que é inviável de fazer devido a custos ou tempo, uma dica que dou é fazer uma demo que expresse todo potencial do seu jogo, e daí colocar ela online e tentar investimento para completar o jogo futuramente para lançar sua ideia original. Mas não deixe de lançar o seu projeto, independente do escopo sempre é possível terminar uma pequena fatia do bolo ou uma versão cup cake deste, e então buscar investimento profissionais para fazer dele algo maior.

– Afirma.

Museu do Vídeo Game Itinerante

Para os aficionados por games, já é anunciado para este ano mais uma edição do Museu do Vídeo Game Itinerante que resgata 47 anos de história dos videogames em uma exposição que traz mais de 300 consoles de todas as gerações e também para jogar, tais como Telejogo, Atari 2600, Philips Odyssey, Intellivision, NES 8 bits, Master System, PC Engine, Super Nintendo, Mega Drive, Nintendo 64, Neo Geo, 3DO, Saturn, Dreamcast, PlayStation 1, Xbox Classic, PlayStation 2, Xbox 360 e muito mais.

Além dos antigos consoles, também encontrará todos os atuais, como o PlayStation 4, Xbox One X, Nintendo Switch, área PlayStation VR, cockpits de corrida, controles gigantes e palco Just Dance. O evento ocorrerá dos dias 12 a 27 de setembro no Shopping da Ilha.

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