CINEMA

A personagem Alerquina é o centro do filme “Aves de Rapina”

Em Aves de Rapina, a personagem Alerquina aparece como protagonista em uma trama que dá várias possibilidades à personalidade

Reprodução

Desde que chegou aos cinemas com a destacada interpretação de Margot Robbie, em Esquadrão suicida (2016), a vilã Arlequina se tornou tão ou mais popular que alguns dos heróis do Universo DC, time que inclui Batman, Superman e Mulher Maravilha. Não por acaso, a Warner (via DC Films) investiu em um longa dedicado à personagem.

Em Aves de rapina: Arlequina e sua emancipação fantabulosa, que estreou ontem, ela aparece protagonista e empoderada, numa trama que, embora pueril, oferece perspectivas válidas sobre uma representação mais assertiva das mulheres nos filmes derivados dos quadrinhos.

O rótulo de “namorada do Coringa”, tão cruel e louca quanto ele, é aqui sumariamente descartado. O fim do romance entre eles é o ponto de partida da história. O palhaço nem sequer aparece.

A ex-psiquiatra Harleen Quinzel, que se apaixonou pelo psicopata ao tratá-lo no manicômio e acabou como ele, depois de cair num tanque de substâncias químicas, recapitula brevemente sua história e mostra como vem tentando afogar as mágoas e se esquecer dele, mas ainda gozando da imunidade que o relacionamento lhe dava na cena do crime em Gothan City.

Entre umas e (muitas) outras, a separação se torna pública e muitos alvos anteriores dos delitos de Arlequina procuram acertar as contas. Ao mesmo tempo, ela tenta construir uma carreira independente na cena do crime, com sua notável habilidade em promover o caos.

Porém, seu caminho se cruza com o do sádico chefão da Máfia Roman Sionis (Ewan McGregor), o Máscara Negra. Para expandir seu violento império, ele precisa de um objeto-chave desaparecido e contará com Arlequina para encontrá-lo, “contratada” sob ameaça de morte.

Sem escolhas e com a cabeça a prêmio, Arlequina vai prestar serviços ao vilão, mas a missão esbarra em outras mulheres poderosas. A detetive Renée Montoya (Rosie Perez) cumpre o papel da lei no combate à movimentação criminosa. Jurnee Smollett-Bell interpreta a Canário Negro. Até então cantora de bar e capanga do Máscara Negra, ela repensa sua subordinação a ele.

Além delas, aparece uma misteriosa e discreta “assassina do arco e flechas”, que é, na verdade, a Caçadora (Mary Elizabeth Winstead). Elas são as “aves de rapina”, já conhecidas das HQs, que dão nome ao filme. No centro de tudo isso ainda está a trombadinha-mirim Cassandra Cain (Ella Jay Basco), que estabelece uma ligação decisiva com o artefato buscado por Arlequina.

COMÉDIA

Esse lançamento da DC assume um cômico do começo ao fim, alternando entre gracejos mais ou menos perspicazes dentro de um enredo simplório sobre um vilão cruel. Arlequina não deixa de ser uma palhaça excêntrica, caricata e violenta, embora mais humana em alguns momentos.

As sequências de pancadaria e tiroteios têm o exagero caricato típico do formato, geralmente com homens apanhando das mulheres, mas há espaço para tocar em pontos mais sensíveis. A começar pela forma como a própria Arlequina é representada.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias