Conheça a história da Praia do Bom Fim
O local ainda possui moradores remanescentes da época.
Que a capital maranhense é cheia de história e mistérios todo mundo sabe, mas você realmente conhece todas elas? Vamos começar a apresentar a vocês histórias sobre alguns locais que com certeza já despertou a curiosidade de muitos.
Você já ouviu falar na Colônia do Bonfim?
Essa Colônia serviu de moradia para muitas pessoas que na época, tinham uma doença chamada “lepra” e que hoje em dia é conhecida como hanseníase. Algumas histórias explicam que o nome é uma reverência ao Nosso Senhor do Bom Fim, mas há quem diga que o local recebeu esse nome porque as pessoas eram levadas para lá no intuito de ter um bom fim de vida. Mas a verdade é que a Colônia tem esse nome por conta do Cabo do Bom fim.
O local servia para “abrigar leprosos”, por ser bem separada do centro da cidade e tendo o Rio Bacanga como barreira, era então o lugar excelente para isolar os pacientes do convívio social.
Naquela época o acesso até a Colônia era muito difícil e a única forma de chegar até lá era usando barco ou canoa.
Naquela época o local era visto como um lugar sombrio e que muitos tinham medo e preconceito por conta do problema de saúde, pois chegavam a pensar que a doença era transmitida pelo vento.
Se engana quem pensa que o lugar não tinha organização, a pacata Colônia do Bonfin tinha prefeito, delegado e até um presidio.
No fim da década de 1940, foi imposta uma lei federal em que os recém-nascidos, filhos de portadores da doença, tinham que ser afastados dos pais logo após o nascimento, as crianças eram encaminhadas para o Educandário Santo Antônio.
Atualmente, todo o espaço é chamado de Hospital Aquiles Lisboa, local de referência no tratamento da hanseníase no Maranhão. E ainda possui moradores remanescentes da época.