É MITO?

Dia dos Namorados: Existe relação perfeita?

Para entender um pouco mais sobre o assunto, conversamos com a psicóloga Fernanda Lima Britto Oliveira, pós-graduada em terapia familiar e conjugal.

Nacionalmente comemorado no dia 12 de junho, o dia dos namorados é uma data que gera muita expectativa, tanto para os amantes, quanto para o comércio. A busca pelo melhor presente movimenta e aquece a economia nesse período, mas, para além do melhor presente, a data também nos traz uma reflexão: existe mesmo alguma relação ideal e perfeita?

Para entender um pouco mais sobre o assunto, conversamos com a psicóloga Fernanda Lima Britto Oliveira, pós-graduada em terapia familiar e conjugal, que comenta:

Existem relações funcionais, em que um e o outro se sentem genuinamente mais felizes juntos, onde são demonstrados gestos de afetos e de admiração (cada qual da sua maneira). São relações em que há um (ou mais) propósito comum ao casal, que possuem como uma das suas características estratégias focadas para resoluções de obstáculos que inviabilizem os propósitos construídos.

Fernanda explica ainda que é mais adequado falarmos em relações saudáveis, já que em um relacionamento sempre haverão conflitos, defeitos e erros. É importante que o casal entenda que a satisfação e a estabilidade não significam a ausência de conflitos e sim a forma que os dois encontram para solucioná-los.

Para aqueles que já estão juntos há muito tempo e sentem que a relação está “esfriando” e, embora nem todas as relações se desgastem, nem todos os casais estão prontos para lidar com a intimidade e os anseios do outro.

A psicóloga dá um conselho para contornar essa situação: Nessa hora, o casal deve entender que o amor não é uma meta e sim uma constante que deve ser preservada durante a caminhada dos dois.

Outro problema também enfrentado durante os relacionamentos são decorrentes às expectativas sexuais nem sempre correspondidas pelos parceiros, sobre isso, Fernanda comenta:

O sexo, ainda hoje, é um assunto carregado de estigmas dentro das famílias e até entre os casais. Entretanto, a estigmatização do mesmo não exclui a sua importância na vida de cada indivíduo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o bem estar sexual é parte integrante e fundamental da saúde em sua totalidade.
Sendo assim, a qualidade da vida sexual o casal deve ser sempre observada pelos mesmos. Novamente é importante frisar que cada casal tem uma funcionalidade e por isso, não existe uma regra como periodicidade entre outras. E sim, satisfação e funcionalidade para ambos. As divergências podem estar nas diferenças de respostas sexual, no desejo, na frequência, na intimidade, entre outras coisas. Enfim, pode ocorrer uma dificuldade de equilíbrio de necessidades sexuais de ambos. Nesses casos, pode-se recorrera ajuda da Terapia Sexual.

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