Vista por muitos estudiosos como subdivisão do drama, a cena teatral que dá ação a uma peça, ganhará um destaque especial em São Luís com o I Festival Ideal de Cenas Teatrais que acontece neste domingo (5), às 18h30, no Teatro Arthur Azevedo, S/N, Centro. A intenção é dar visibilidade aos grupos de teatro da Ilha por meio de encenação de fragmentos de textos teatrais de autores nacionais ou internacionais

Segundo o diretor de teatro Marcos Dominici do Grupo Teatro Improviso e um dos idealizadores do Ideal, “a iniciativa é para mostrar o trabalho de todos e plantar uma semente para outras versões do festival. Inicialmente escolhemos comédias, e no futuro queremos estender a outros gêneros”. Como também enfatizou   Nestor Fonseca, do Grupo Ágoras, “essa reunião de artistas visa fortalecer a cena teatral da cidade, exercitando a empatia entre grupos locais e oferecendo ao público de teatro mais um evento de qualidade, rico em linguagens”, disse Marcos Dominici.

 Como é uma experimentação, o evento contará com seis companhias, mas a ideia é que futuramente esse número só possa aumentar e assim fortificar ainda mais a cultura na nossa cidade. O Ideal Cenas Teatrais, é composto pelo Grupo Teatro Improviso, a EnCanto Coletivo Cultural, Cia Teatro Graciele Costa, a Bumba Cultura, o Grupo Ágoras e a Ribalta Produções Artísticas. Todas essas companhias apresentarão cenas teatrais, algumas baseadas em autores de renome, outras de autoria própria e todas de gênero Comédia. “O festival surgiu com o objetivo de fomentar o teatro maranhense, no sentido de unir o útil ao agradável e também de levar às companhias a oportunidade de mostrar seus trabalhos junto ao público”, acrescentou o diretor de teatro.

Serão 15 minutos para cada companhia de teatro apresentar suas cenas, são elas: Lição de Botânica, texto de Machado de Assis, com direção de Thyago Cordeiro, apresentado pela Ribalta Produções Artísticas; O casamento suspeitoso, da  Cia Graciele Costa, texto baseada na obra de Ariano Suassuna; Eu, você e Cora, texto adaptado de Eduardo Sterblitch e Mariana Santos,  da  Encanto Coletivo; Jorge Show, texto de Lucas Diniz,  Grupo Teatro Improviso; Bate, texto independente, encenado pela Bumba Cultura e  Armário, do Ágoras, texto de Fernando Henrique.

Marcos Dominici acrescentou que a ideia é mostrar esse trabalho coletivo para que as companhias de teatro cresçam juntos. “Se nós nis juntarmos conseguiremos fomentar a cena teatral e fortalecer não só o nosso trabalho como o trabalho dos outros. O conceito de crescer juntos vale mais do que qualquer coisa. O inusitado é que este é um festival que não tem apoio financeiro de ninguém, ou seja, de nenhum financiamento público. Foi uma uma iniciativa que partiu da gente mesmo”, ressaltou Marcos Dominici informando que haverão outras edições do festival.