Desprincesamento. Já ouviu falar? A palavra vem sendo usada mundo afora  para  denominar oficinas, cursos, aulas para meninas com essa temática, de desconstruir a ideia do príncipe encantado, do amor romântico e ensinar valores de bravura, autodefesa e autoestima. Para a escritora Juliana Duarte, de 18 anos, é o título do primeiro livro dela, que será lançado no dia 1º de junho, a partir das 18h, na Livraria AMEI (São Luís Shopping).

Há dois anos, ela trabalha no livro. Mas o início foi fruto de uma descoberta que começou com o hábito de ler, especialmente livros de romances e literatura tradicional brasileira.

“Além disso, sempre tive o hábito de ter diários. Então, eu colocava lá tudo o que se passava comigo. Quando cheguei aos 12 anos, fui para uma escola nova e me deparei com novas experiências e sensações nas quais eu não sabia lidar- Era a aurora da adolescência e seus efeitos. Eu não dizia nada a ninguém, pois tinha vergonha, mas eu conhecia alguém que iria guardar tudo direitinho: meu diário!”, conta a escritora.

Quando tinha 15 anos, participou com um conto de uma exposição de talentos na escola. Incentivada por familiares e professores, ela resolveu postar na internet, inaugurando seu blog. “Depois decidi que iria mais só escrever contos, poemas e coisas do tipo. Daí surgiu O Desprincesamento…”, disse.

O título é um neologismo que marca uma das características da autora: o gosto por palavras diferenciadas. O livro conta a história de Luísa, uma garota que vivia no mundo dos sonhos e, por conta disso, deparou -se com muitas decepções. Até que um dia, ela acabou acordando e indo de encontro com o mundo real, mas a descoberta não foi uma tarefa fácil.

O livro não é apenas uma história. Ele expõe de maneira leve e agradável o conflito entre dois mundos: o real e o imaginário. Também permite uma reflexão sobre evolução e amadurecimento. “O Desprincesamento vai nos fazer refletir sobre coisas que parecem óbvias e clichês, mas que, na verdade, são só coisas que nunca foram pensadas profundamente. Há coisas no livro em que me baseei em sensações minhas. Não quer dizer que é tudo verídico, mas são coisas que podemos trazer para nossa vida”, acredita diz Juliana Duarte.