CINEMA NACIONAL

Joaquim Haickel fala sobre o cinema maranhense e concorrência em festivais internacionais

Depois de aposentado da política, Joaquim Haickel atualmente se dedica a sua carreira de escritor e cineasta.

Reprodução

Joaquim Haickel atuou por 32 anos como político, mas atualmente refere-se apenas como escritor e cineasta. Além de ser membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, é também Presidente da Fundação Nagib Haickel, responsável pelo MAVAM (Museu da Memória Audiovisual do Maranhão). O escritor e cineasta têm sete filmes concorrendo em festivais nacionais e internacionais, em países como França, Itália, Alemanha, Estados Unidos, etc. Já foram mais de 100 festivais selecionados e 39 vitórias.  

Você tem postado nas redes sociais matérias que dão conta de diversas realizações cinematográficas, inclusive algumas que têm sido selecionadas para festivais internacionais. Fale sobre elas!  

Joaquim Haickel: Neste momento temos sete filmes concorrendo em festivais pelo mundo. São dois documentários em longa-metragem, um sobre a Tribo de Jah e o outro sobre as migrações que ajudaram a formar o povo maranhense. Além deles temos cinco curtas metragens ficcionais.  

Você está à frente do Polo de Cinema Documental, Ficcional e de Animação do Maranhão, fale sobre ele.  

JH: Não sou eu quem está à frente do Polo de Cinema do Maranhão! Esta é uma entidade formada por produtores cinematográficos, em defesa do cinema maranhense. Juntamos nossas forças para facilitar a realização de nossos projetos. Somos uma espécie de cooperativa e um embrião de um futuro sindicato de produtores audiovisuais de nosso Estado, que será vinculado à FIEMA, que possa dinamizar este importante setor da indústria em nossa terra. O Polo funciona na sede do MAVAM e conta com o integral apoio do Núcleo de Produção Digital do Maranhão, que foi trazido por nós e é gerenciado pelo IFMA.  

Como vocês desenvolvem o trabalho no MAVAM?   

JH: O Museu da Memória Audiovisual do Maranhão, MAVAM, é um departamento da Fundação Nagib Haickel, e funciona graças ao trabalho voluntário de algumas pessoas. Ele tem como missão preservar a memória maranhense por meios audiovisuais. Por exemplo, coletamos acervos de fotografias e filmes, os limpamos, acondicionamos, digitalizamos e disponibilizamos gratuitamente para quem deles precise. Outro dia recebemos um estudante universitário que estava precisando de um material para seu trabalho de conclusão de curso e ele foi para lá, selecionou o que precisava, copiou e fez um belíssimo trabalho. Professores nos procuram para que seus alunos possam conhecer alguns aspectos de nossas artes, cultura, ou mesmo jornalismo de tempos passados. Além disso, desenvolvemos projetos de documentários onde possam ficar registrados as histórias de pessoas e fatos importantes para nossa terra, como foi o caso do mestre Antonio Vieira, grande expoente de nossa música, ou da professora Terezinha Rego, cientista de renome internacional.  

Você está escrevendo um livro sobre cinema e psicanálise! Quando vamos poder saborear essa obra que junta duas coisas tão interessantes?  

JH: Olha, estou escrevendo este livro há muitos anos e ele na verdade tem servido para mim como um grande tratamento psicológico! É o seguinte!… O cinema é a junção de todas as artes clássicas e mais duas modernas ligadas ao registro das imagens e as tecnologias que elas carregam com elas! A literatura é o roteiro, a história, o teatro é a encenação, a poesia é a sensibilidade da mensagem, a escultura, a pintura e a arquitetura são responsáveis pela ambiência e cenografia e ainda temos a dança, a música… Some a isso a fotografia, estática e em movimento e temos uma verdadeira maravilha!  

Usando tudo isso, o homem, que desde as cavernas contavam suas experiências, passou a conta-las de forma ainda mais extraordinária!… Meu livro consiste na listagem e na análise de filmes que possam ser vistos e usados por nós para aprendermos um pouco mais e com mais clareza, sobre nós mesmos, sobre as pessoas em nossa volta, sobre o mundo em que vivemos, nossas circunstancias e consequências e com isso quem sabe, possamos resolver com mais facilidade nossas questões!… O título de meu livro é “365 filmes para não precisar de psicanálise”. 

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