CARNAVAL DE TODOS

Bota pra moer se apresentará no Circuito Beira-Mar na segunda de carnaval

Bloco bota pra moer apresenta-se na segunda de carnaval e será comandado pela dupla Alê Muniz e Luciana Simões

Reprodução

A programação do carnaval de rua de São Luís que vai acontecer no Circuito Beira-Mar promete atrair uma mutidão. Entre as brincadeiras confirmadas para a folia está o Bloco Bota Pra Moer, idealizado pela dupla Criolina Alê Muniz e Luciana Simões. O bloco, que teve como atração principal no ano passado a cantora Elza Soares no carnaval 2019 terá como convidado Moraes Moreira, dono de alguns sucessos carnavalescos como: Pombo Correio, Vassourinha Elétrica e Bloco do Prazer, dentre outras.

O Bota pra moer homenageia personagem da vida da cidade de São Luís dos anos 40, 50 e 60, conhecido por suas histórias e loucuras. O bloco vai sair na segunda-feira de carnaval, dia 4 de fevereiro em cima de um trio elétrico na avenida Beira-Mar, entre a praça Maria Aragão e o Casino Maranhense, entre 16h e 23h. Bota Pra Moer era o apelido de Antônio Lima, pernambucano de Caruaru, um homem entroncado e de cor clara.

INTELIGÊNCIA IMPRESSIOANTE

Devido a sua impressionante inteligência, logo que chegou em São Luís foi batizado de “Bota pra moer”. Sua memória era incrível. Ele chegava para uma pessoa e perguntava o dia, mês, ano e hora em que ela tinha nascido. Em menos de um minuto fazia um cálculo mental e dizia quantos anos, meses, dias e horas aquela pessoa tinha vivido até aquele instante. Outra faceta impressionante desse personagem era ler com a maior naturalidade um jornal de cabeça para baixo. Bota pra moer usava sempre roupas de segunda mão que ganhava de famílias mais ricas e quase sempre almoçava e jantava na casa do farmacêutico Garrido, proprietário da Farmácia Garrido, na Rua Grande. Os bolsos de suas calças viviam cheios de pão, que ele comia constantemente. Uma de suas histórias mais engraçadas aconteceu na célebre greve de 1951, que paralisou a cidade quando o povo se revoltou contra a posse do governador Eugênio Barros. Os grevistas entregaram a Bota Pra Moer a bandeira nacional e o colocaram à frente da marcha rumo ao Palácio dos Leões. Ao chegar à Praça Pedro II ele viu um grupo de policiais em frente ao Palácio e imediatamente entregou a bandeira, afirmando: “Até aqui eu vim, mas daqui pra frente arranjem outro que seja mais doido do que eu…”

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