MEIO AMBIENTE

Proteção da Amazônia é desafio para nove governadores, incluindo Flávio Dino

O Maranhão é conhecido como “a porta para a Amazônia”; promessas do governador pela defesa dos direitos humanos está alinhada com a preservação da floresta tropical

Área de desmate na Amazônia (Alan Azevedo / O Imparcial)

A Amazônia Legal é um território sociopolítico e não geográfico principalmente por não se limitar ao Bioma Amazônia. Cobrindo 61% do Brasil, a região abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Além de abrigar todo o Bioma Amazônia do Brasil, ainda contém 20% do Cerrado e parte do Pantanal.

O Maranhão é conhecido como “a porta para a Amazônia”, já que se encontra no limite leste da Amazônia Legal e tem um papel importante para cumprir em sua defesa. O governador reeleito Flávio Dino (PCdoB) tomou posse reafirmando o compromisso com os direitos humanos e anunciando novos projetos sociais.

Sua postura vai ao encontro com esforços necessários para proteger a maior floresta tropical do mundo, que abriga, além de rica fauna e flora, diversos povos indígenas, quilombolas e tradicionais, como extrativistas e ribeirinhos. Segundo ambientalistas, assegurar os direitos dessas minorias é trabalhar para a preservação da Amazônia Legal.

Desmatamento volta a crescer

Segundo o PRODES, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que mede o desmatamento na Amazônia Legal via imagens de satélite, o estado do Maranhão teve uma queda de 63% na taxa de desmatamento entre 2004 e 2018.

No entanto, desde 2015 esse número vem sofrendo ligeiros aumentos. Em 2018 foram contabilizados 281 km² de desmatamento na Amazônia Legal maranhense frente a 265 km² em 2017 – um aumento de 6%.

Já no Brasil, o desmatamento na Amazônia registrou um aumento de 13,7% entre agosto de 2017 e julho de 2018, de acordo com o INPE. Mesmo com o aumento no número de autuações e apreensões no mesmo período, o Brasil perdeu, nesse último ano, uma área total de 7.900 km², equivalente a 987 mil campos de futebol ou mais de um bilhão de árvores cortadas.

Conheça os outros oito governadores da Amazônia Legal

Em Roraima, Antonio Denarium (PSL), assumiu o governo. Ele defende o controle rigoroso da fronteira do estado em razão do fluxo migratório de venezuelanos. Já no Amazonas, tomou posse Wilson Lima (PSC). Em seu discurso de posse, Lima afirmou que a administração estadual vai seguir uma gestão eficiente e responsável, o desenvolvimento empreendedor e sustentável e qualidade de vida.

No Mato Grosso, o novo governador é Mauro Mendes (DEM), que foi prefeito de Cuiabá entre 2013 e 2017. Mendes se comprometeu a reequilibrar as contas do estado, pagar dívidas com servidores e fornecedores e melhorar os serviços públicos. Em Tocantins, tomou posse Mauro Carlesse (PHS). Carlesse assumiu o governo prometendo reduzir gastos, aperfeiçoar a gestão e aumentar a arrecadação de receitas, sem aumentar os impostos.

No Amapá, Waldez Goés (PDT) assumiu o cargo de governador. Durante a posse, falou sobre a expectativa em relação ao diálogo com o governo do presidente Jair Bolsonaro. No Pará, Helder Barbalho (MDB) também foi empossado neste primeiro de janeiro e prometeu mudanças profundas em seu governo, principalmente nas áreas essenciais como educação.

O novo governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL) reforçou, em seu discurso de posse, o compromisso de redução da máquina pública. O último governador a tomar posse na região da Amazônia Legal foi Gladson Cameli (PP), eleito ainda no primeiro turno para governar o Acre.

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