ATO HERÓICO

Homem que resgatou vítima de carro submerso receberá homenagem dos bombeiros

José Ribamar, cuja ocupação e idade ainda não foram confirmadas, passava no local do acidente quando resolveu pular na água para ajudar

José Ribamar resgatando vítima. Foto: Reprodução

“O ato de uma pessoa destemida, uma atitude nobre, altruísta, de alguém que tem pelo próximo afeto, não importando quem seja” assim é descrito pelo coronel Célio Roberto, comandante do Corpo de Bombeiros, o ato heróico do cidadão José Ribamar, que passava pelo local, sem pensar duas vezes, pulou na água para salvar uma pessoa que afundava dentro de um carro em São Luís. José receberá o título honorífico de amigo do Bombeiro e fará parte da galeria de heróis do CBMMA em homenagem que deve acontecer ainda essa semana, no Comando Geral.

O resgate aconteceu na última sexta-feira (11), depois de um veículo perder o controle e cair da ponte do Ipase, de uma altura de seis metros, e ficar de ponta-cabeça no rio. A vítima, Sarah Catarine Ferreira, de 41 anos, estava perto de ficar inconsciente quando José, cuja ocupação e idade ainda não foram identificadas, abriu a porta do carro e a puxou para a borda. O ato foi filmado por pessoas que estavam na ponte. Sarah está internada no Hospital São Domingos e passa bem.

Ainda segundo o Coronel Célio, o resgate foi um sucesso também devido a um acúmulo de coincidências: a maré não estava tão alta para o carro ficar totalmente submerso, mas o suficiente para amortecer a queda; José abriu a porta no exato momento em que as pressões interna e externa do veículo se estabilizaram; a vítima ainda estava consciente e estava sem cinto, o que facilitou a retirada; e, acima de tudo, a rapidez do resgate impensado, por empatia, garantiu que Sarah saísse à tempo, com vida.

“Estamos muito felizes, vibramos com a ação. Afinal, foi uma vida resgatada. José foi uma pessoa escolhida para estar naquele momento”, relata o capitão José Lisboa, subchefe da sessão de comunicação do CBMMA. “Todo mundo quer salvar alguém, mas, na hora que isso acontece, se assume alguns riscos. Ele não sabia se havia, mas, mesmo assim, se sentiu seguro e foi. Foi um ato formidável, de muita coragem”, conta.

Procurado pela imprensa, José Ribamar preferiu não se pronunciar. A escolha de fugir dos holofotes, mesmo quando eles refletem uma atitude notável, também diz respeito ao seu ato de real altruísmo: dar ajuda sem precisar de reconhecimento. “Mostra a pessoa distinta que ele é”, conta o capitão Lisboa. “Quando ele desceu para o rio, ele me disse que não sabia de qual raça era [a vítima], nem de qual sexo. Só que queria ajudar alguém que estava em apuros”, finaliza.

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