CULTURA

Ivandro Coelho lança disco com musicas autorais e participações especiais

CD reúne um time formado por grandes músicos, como o guitarrista paulistano Marquinho Mendonça, mestre Osvaldinho da Cuíca e do pianista William Magalhães

Reprodução

Radicado há um ano e dois meses no Rio de Janeiro, o cantor e compositor Ivandro Coêlho comemora a sua volta à cena cultural com o álbum Bodega Brasil, que traz um repertório variado formado por 13 faixas, que inclui samba, balada, blues, baião, ijexá e carimbó, entre outros ritmos, além de um poema de Maiakóvski. O disco deve ser lançado em São Luís no primeiro semestre de 2019.

Com mais de 20 anos de carreira, Ivandro Coêlho, que tem participações premiadas em festivais regionais e nacionais de música, estava há uma década distante dos estúdios. Em entrevista a O Imparcial, o cantor revelou que, apesar deste hiato longe dos palcos, nunca deixou de compor. E foi justamente a necessidade de registrar composições novas e antigas que nasceu o disco Bodega Brasil.

Segundo Ivandro Coêlho, a maioria das músicas, são assinadas por por ele sozinho ou em parceria com Gerson da Conceição, Paulo Madeira e o poeta Celso Borges. Duas delas Samba Cem e Deusa de Ébano, foram compostas, respectivamente, por Joãozinho Ribeiro e Edy Cândido. Jorge Passinho musicou o poema Brilhar, de Maiakóvski. O CD Bodega Brasil foi produzido pelo baixista e produtor Gerson da Conceição (ex integrante da banda Mano Bantu), que assina a maioria dos arranjos. As gravações, assim como a mixagem e masterização, foram realizadas em São Paulo, no período de março a julho de 2018, e o álbum chega às plataformas digitais a partir do próximo mês. “Este é o meu primeiro disco. E a sensação que que eu tenho é de realização, de concretização de um sonho. É um disco independente, e que foi feito de uma maneira muito carinhosa. Deu muito trabalho, mas deu muito prazer”, contou Ivandro Coêlho.

A faixa principal que dá título ao álbum, Bodega Brasil, traz um olhar leve e humorado sobre a situação atual do nosso país, em especial ao comércio patrocinado pelo governo brasileiro envolvendo o patrimônio nacional (venda do pré-sal, portos, empresas estatais, campos de petróleo e gás, etc). A música compara o Brasil a uma imensa bodega, em que tudo está em liquidação. O disco reflete um pouco esse clima de feira, de leilão permanente em que o país se tornou. Bodega Brasil reúne um time formado por grandes músicos, como o guitarrista paulistano Marquinho Mendonça, que no disco tocou cavaquinho, violão e bandolim, e o mestre Osvaldinho da Cuíca, conhecido internacionalmente. Também participou do álbum o grande líder da banda Black Rio, o pianista e arranjador William Magalhães, que já tocou com Marina Lima, Ed Motta e Gilberto Gil, além dos saxofonistas paulistanos Rodrigo Bento (sax tenor), Tomaz de Souza, Leonardo Santiago (trombones) e Marco Stoppa (trompete).

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