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Caça às estrelas: fotógrafo captura céu do interior do MA

Fotógrafo maranhense Samarone Carvalho viaja ao interior do estado em busca do céu estrelado; confira as fotos

Na correria do cotidiano, é difícil ter tempo de parar por alguns minutos e contemplar o céu – principalmente quando se vive em uma capital, onde pouco se consegue ver estrelas. Foi justamente tentando observar mais de perto o universo que o fotógrafo Samarone Carvalho partiu à sua caça às estrelas, projeto que tem como objetivo capturar a grandeza da via láctea – nas palavras dele, algo “incompreensível” – vista do interior do Maranhão.

Fotógrafo há oito anos, Samarone conta que, quando morava em Paraupebas, dedicava-se ao registro de animais silvestres na Floresta Nacional de Carajás, onde fascinou-se de vez pela natureza. Ele conta que chegou a morar na Serra dos Carajás, dentro da floresta, onde fauna e flora são mais preservadas. Por sempre buscar aprendizado, resolveu arriscar-se no ramo da astrofotografia: juntou o tripé, a câmera e os colegas fotógrafos mais próximos e viajou para uma casa isolada no povoado de Feliciana, no leste maranhense, 15 quilômetros floresta adentro.

A casa longe da cidade foi essencial para a captura do brilho das estrelas. Segundo Samarone, a astrofotografia exige um local com o mínimo de iluminação possível em época de lua nova. Como um dos objetivos de seu projeto é difundir esse ramo no Maranhão, em 2019 ele planeja levar mais fotógrafos para a expedição. “É uma experiência que abre nossos olhos para a natureza”, relata.

Céu do povoado de Feliciana. Foto de Samarone CarvalhoCéu do povoado de Feliciana. Foto de Samarone Carvalho

A observação das madrugadas e a incidência de estrelas cadentes é regada a divagações de todos os tipos. “A gente comenta entre os amigos, rapaz, será que um dia a gente vê uma nave espacial?” brinca o fotógrafo. O que era para ser apenas contemplação dos astros, diante da imensidão da via-láctea, acabou se tornando uma jornada mais profunda. Para Samarone, registrar as estrelas é, além de transformador, um exercício de humildade: “a gente é tão pequeno perto do que é o universo. A gente é um grão de poeira perto disso”, ele reflete.

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