Seis ícones que fizeram história no São João maranhense
Pessoas que já se foram, mas seus legados permanecem até hoje enriquecendo ritmos, danças e composições musicais que tornam únicas as festas juninas maranhenses
Coxinho
O famoso fundador e amo do Boi de Pindaré foi uma das maiores vozes do bumba meu boi no sotaque da Baixada, pelo qual se dedicou por 30 anos.
Bartolomeu dos Santos nasceu em 24 de agosto de 1910, no povoado de Lapela, em Vitória do Mearim, e desde a adolescência já criara vínculo com o folclore maranhense. Aos 14 anos, já era vaqueiro, e 12 anos mais tarde, já havia passado por grupos em Viana e Pindaré. Neste último, fez morada e em 1977, passou a comandar como amo, personagem principal do Alto de Bumba Meu Boi.
A autoria mais famosa de Coxinho foi a toada “Novilho Brasileiro (Urrou)”, criada em 1972, e que hoje está reconhecida como o Hino Cultural e Folclórico do Maranhão. Após sua morte, a toada foi oficializada como hino do folclore maranhense por meio de um projeto de lei criado pelo então deputado estadual Benedito Coroba. A Lei 5.299, de 12 de dezembro, foi sancionada pelo então governador Edison Lobão, que tornou obrigatória sua execução na abertura e fechamento de eventos culturais realizados no Maranhão.
Em São Luís, Coxinho viveu no Bairro de Fátima, local em que faleceu aos 81 anos. O cantador teve sete mulheres e, com elas, um total de 42 filhos. Sua última esposa, Maria Jocelina Sousa dos Santos, de 68 anos de idade, ainda reside no Bairro de Fátima, na casa em que viveu com o marido.
Como forma de reverenciar a sua obra, todos os anos no mês de acontece no local o Tributo ao Mestre Coxinho.