Seis ícones que fizeram história no São João maranhense
Pessoas que já se foram, mas seus legados permanecem até hoje enriquecendo ritmos, danças e composições musicais que tornam únicas as festas juninas maranhenses
Chiador
Filho do cantador Cândido Reis, o sangue de amo corre nas veias de João Chiador. Nascido em 20 de agosto de 1938, João Costa Reis iniciou a carreira artística aos 12 anos, como interprete e compositor.
Aos 14 anos, participou dos vocais de um boi organizado no bairro da Maiobinha, Zona Rural de São Luís. Foi também na adolescência que o apelido Chiador surgiu. João costumava reproduzir o ruído dos caminhões da Companhia Ulen, empresa que explorava os serviços de água, esgoto, luz, tração e prensagem de algodão em São Luís. De tanto repetir o chiado dos veículos ao passarem sobre o mangue, os amigos acabaram o chamando assim.
Foi no Boi da Maioba que fez história. Aos 22 anos, jovem cantador dividia os vocais com o lendário Luís Dá Na Vó, cantador oficial do grupo na época. Em 1963, com a morte do velho Luís, João se tornou mestre, assumindo o comando do batalhão.
Foram 32 anos à frente do Boi da Maioba, ao longo dos quais compôs “São Luís Cidade dos Azulejos” e “Negras Profecias”.
Já em 1992, Chiador abandonou o grupo por conta de desentendimentos com a diretoria. Não muito tempo depois, em 1993, foi chamado para comandar o Bumba Meu Boi de Ribamar, onde permaneceu até pouco antes de sua morte, acometido por Mal de Alzheimer e Diabetes. Aos 78 anos, faleceu em 6 de agosto de 2017.