Seis ícones que fizeram história no São João maranhense
Pessoas que já se foram, mas seus legados permanecem até hoje enriquecendo ritmos, danças e composições musicais que tornam únicas as festas juninas maranhenses
Humberto de Maracanã
Humberto Barbosa Mendes, Humberto de Maracanã ou simplesmente ‘Guriatã’, já nasceu com o dom para a cantoria. Aos 12 anos, já compunha e interpretava toadas, mas só aos 34 anos é que se tornou oficialmente mestre do Batalhão de Ouro, como é conhecido o tradicional grupo de sotaque de matraca do bairro do Maracanã.
Com seu maracá de prata, Humberto dedicou a vida à cultura do bumba meu boi, cantando as belezas naturais do Maranhão, a história de seus antepassados, tudo isso graças a São João Batista, por quem o amo de Maracanã acreditava ter sido designado a cantar boi.
Talvez por força do santo, ele tenha sido agraciado com as composições “Maranhão, meu tesouro, meu torrão” e “Upaon-Açu”, que lhe renderam o título de Mestre da Cultura Popular, reconhecido pelo Ministério da Cultura como um dos maiores divulgadores da tradição cultural maranhense.
Aos 75 anos, Humberto morreu em decorrência de uma infecção generalizada e deixou uma lacuna no terreiros juninos maranhenses. Hoje, a memória do Humberto é perpetuada através de livros, documentários, livros, canções e principalmente, no bairro do Maracanã, onde o mestre permanece vivo no canto do pássaro mais musical de todos, o Guriatã.