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Alceu e Flávia Bittencourt lotam a segunda noite do São João de Todos

Apesar de serem as atrações mais aguardadas da noite, grupos de Bumba Meu Boi e artistas locais também fizeram a festa de centenas de pessoas que foram à Praça Maria Aragão

Foto: Marla Batalha

“Incrível”, “muito bom”, “emocionante”, não havia quem definisse de outra forma esta segunda noite do São João de Todos, neste sábado, 16, na Praça Maria Aragão.

Grandes estrelas nacionais e locais brilharam no palco e emocionaram o público. Jocélia Costa, turista de Minas Gerais, de 35 anos, ficou encantada com o que viu. “Eu estou bastante feliz em participar dessa festa e ainda mais animada para curtir sabendo que está bem organizado, seguro e que eu posso ficar à vontade pra conhecer melhor as belezas desse estado. Muito amor pelo Maranhão“, conta ela que já vem pelo segundo ano seguido prestigiar o São João de Todos.

Nas primeiras horas da noite, o público timidamente começava a lotar o espaço da Praça Maria Aragão para as aguardadas participações de Flávia Bittencourt, Lena Machado, Alceu Valença e Nando Cordel. “Não é sempre que a gente tem artistas tão bons se apresentando assim, de graça, nesse clima bacana”, disse o administrador Marcelo Sousa, de 47 anos.

Na plateia, o casal Márcio e Paula, fizeram questão de levar a pequena Maria Paula, de apenas um ano, para conhecer de perto o clima do São João. “Ano passado, a Paula estava grávida e a gente veio, aproveitamos ao máximo, então Maria não tinha nem nascido e já foi iniciada nas brincadeiras de São João”, se orgulha o pai. “A gente acha muito importante que desde pequena, ela já tenha contato com a cultura maranhense, pra que ela possa aprender desde cedo a valorizar o que é nosso. Agora que ela está com um ano, não dá pra ficar até o final, mas a gente fica até a hora que ela aguenta”, brinca Márcio.

Não era difícil encontrar quem como Márcio e Paula, foi acompanhado dos filhos e aprovou a segurança e a organização do Arraial da Praça Maria Aragão. “A prefeitura e o governo do estado estão de parabéns por essa festa linda. Vou vir sempre que puder trazendo meus filhos, porque vale a pena aproveitar sem ficar preocupada. A expectativa são as melhores possíveis pro resto do mês, espero que continue assim”, acrescentou a professora Helena Rocha, de 36 anos.

Brincadeiras Juninas

Quem abriu as apresentações do tablado de brincadeiras juninas foram os pequenos do Tambor de Crioula Mirim Arte Nossa. Logo depois, a apresentação foi do grupo Country Cowboys de Ouro, mostrando toda a pluralidade de ritmos que o São João do Maranhão tem.

Em seguida, quem mostrou que ainda há muita força e resistência no sotaque de Costa de Mão foi o Bumba Meu Boi de Soledade. De Serrano, na baixada maranhense, para a capital, seu Bento Goulart, brincante do boi há mais de 30 anos, diz que as dificuldades não superam o prazer que sente ao participar da manifestação. “Eu já tenho 67 anos e não quero parar não. É uma felicidade muito grande, todos os anos, fazer parte disso. Tem muita dificuldade, porque uma brincadeira dessa a gente gasta muito, mas aí tem muita força de vontade de representar a cultura maranhense e manter viva essa tradição”.

Na sequência, foi a vez do ‘magnífico’ Boi Novilho Branco dar um show de brilho, simpatia e muita animação, a começar pela entrada do grupo ao palco, que dispensando a convencional organização, surgiu descendo as escadarias da Praça Gonçalves Dias, passando pelo calor do público até chegar ao tablado. Índias, vaqueiros e campeadores compõem há 13 anos o Novilho Branco, que é uma verdadeira mistura de sotaques acompanhados da orquestra.

Shows aguardados

Por volta das 21h30, o público já ocupava em massa o Arraial da Praça Maria Aragão para receber os shows da noite. Antes de subir ao palco, Flávia Bittencourt e Alceu Valença abriram o camarim para um bate papo pra lá de irreverente que teve direito até a imitação de Luiz Gonzaga. “Pra mim é sempre um prazer muito grande vir ao Maranhão, ainda mais para cantar ao lado dessa artista maravilhosa que é Flávia Bittencourt”, diz o cantor e compositor pernambucano.

E por falar em Luiz Gonzaga, foi com Olha Para o Céu, canção do rei do baião, que Flávia Bittencourt iniciou abrilhantando o palco. Depois, vieram sucessos como É Proibido Cochilar, do grupo 3 do Nordeste, e Frevo Mulher. Já ao lado de Lena Machado, o público foi embalado ao som Sete Meninas, de Dominguinhos. Com uma pegada mais leve e não menos impecável, Flávia deu voz a Assum Preto, também do Gonzagão. Na sequência, veio Nando Cordel, que cantou Eu só Quero um Xodó, Sabiá, É de Dar Água na Boca e Hoje é Dia de Folia.

Última das participações especiais, Alceu Valença entrou ao palco ovacionado pelo público e, ao lado de Flávia, cantou o sucesso Como Dois Animais. Depois, emocionou-se ao ver a praça inteira cantar junto as canções Girassol e La Belle de Jour. Alceu encerrou com uma interpretação diferente de Morena Tropicana acompanhada de um improviso,  mostrando porque o pernambucano é consagrado há quase 50 anos no Brasil e no mundo.

Humberto vive!

Encerrando a noite, o batalhão pesado do Boi de Maracanã fez a alegria dos fãs ao som das matracas e pandeirões que homenageiam o saudoso Humberto de Maracanã, intérprete do grupo por mais de 40 anos. O poeta das 27 tribos de Upaon-Açu parece se perpetuar entre os brincantes que fazem questão de reverenciar o mestre. “Eu fico muito emocionado sempre que vejo o Boi de Maracanã. Humberto se foi, mas ele permanece vivo com as músicas dele que ficaram. Pra mim é uma das atrações que mais envolve o público. E eu gosto é de participar, sempre trago minha matraca”, elogia José Maciel, que acompanha o boi sempre que pode.

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