Hoje tem Superlua, Lua Azul e Eclipse
O professor e astrônomo Cássio Barbosa, do Centro Universitário FEI, esclarece mitos e verdades sobre cada um desses fenômenos. Confira!
Na noite de hoje, 31, teremos três fenômenos envolvendo a Lua: a Superlua, a Lua Azul e um Eclipse Lunar, que deixará a Lua alaranjada. Mas o que estes fenômenos significam? Qual a explicação científica por trás? O professor e astrônomo Cássio Barbosa, do Centro Universitário FEI, esclarece mitos e verdades sobre cada um deles. Confira!
1- A Superlua é uma Lua cheia
A Superlua, como é conhecida popularmente, é na verdade uma Lua cheia que ocorre nas proximidades do ponto da órbita em que a Lua está mais próxima da Terra, chamado de perigeu. “Pela proximidade com a Terra, a Lua parece ser maior e mais brilhante no céu. A diferença de tamanho é mais fácil de se perceber quando a Lua está mais próxima do horizonte”, explica o professor. O astrônomo também ressalta que não há uma grande alteração de tamanho e brilho, por isso, não se frustre: poucas pessoas conseguem perceber que é uma Superlua.
2- Na Lua Azul, a Lua não fica azul
O segundo fenômeno é a Lua Azul. “Na verdade, a Lua Azul é apenas um apelido dado à segunda Lua cheia, que acontece no mesmo mês. E a Lua não fica azul!”, esclarece o astrônomo. No dia primeiro de janeiro, tivemos uma Lua cheia – que também foi uma Superlua – e como o tempo entre as duas Luas cheias é de aproximadamente 29 dias, até o fim do mês teremos mais uma Lua cheia.
3- Com que frequência esses fenômenos acontecem?
A Superlua é um evento bem comum. Em geral, há duas ou três delas a cada ano. Já a Lua Azul acontece uma vez a cada um ou dois anos. Os eclipses são bastante comuns. Em geral, acontecem pelo menos dois todo ano em algum lugar do planeta. “A próxima Lua Azul acontece dia 31 de março, mas a próxima Superlua acontece apenas no ano que vem, dia 21 de janeiro”, destaca Cássio.
4- Qual a melhor forma de observar a Superlua e a Lua Azul?
Para observar a Superlua, que será também uma Lua Azul, não é preciso usar nenhum instrumento. É só ir para um espaço aberto com ampla visão do céu. É melhor ver a Lua quando ela está baixa no horizonte. Além dela ter uma coloração mais amarelada, a proximidade com objetos como árvores e prédios permite fazer uma comparação de tamanhos. Essas condições são interessantes, também, para tentar uma foto bonita.
Apesar de esses fenômenos acontecerem com certa frequência, sempre despertam a atenção do público e fazem as pessoas olharem para o céu. Como destacado pelo professor Cássio Barbosa, “isso pode parecer pouca coisa, mas você se lembra da última vez que tentou comtemplar as estrelas? Esse é um hábito cada vez mais difícil na vida moderna”.
5- Onde observar a Lua?
O “Ribamar, olhe para o céu” ocorrerá no dia 31 de janeiro, a partir das 18h, no cais do porto, em frente à igreja (ao lado do parquinho) de forma gratuita. O evento disponibilizará telescópios, além do suporte da equipe do laboratório Ilha da Ciência para observação de dois dos três fenômenos mencionados.