Quem reclamou dos feriados de 2016, este ano pode ficar tranquilo. Os principais feriados do segundo semestre de 2017 serão todos em dias úteis. A maioria em segundas e quintas-feiras, o que ainda pode garantir uma ‘folguinha’ a mais com os pontos facultativos. Confira o que esse ano ainda promete:

28 de julho – Sexta-feira, Dia da Adesão do Maranhão à Independência do Brasil

Durante o Brasil colonial, o Maranhão era uma das regiões mais ricas do país. A proximidade com a metrópole portuguesa permitia um intenso trafego marítimo facilitando as o acesso e as trocas comerciais entre Lisboa e a colônia. Elites e pecuaristas da região, muito ligados à Coroa, foram avessos às ordens vindas do Rio de Janeiro, e resolveram manter os laços e preservar o conservadorismo. Somente em 28 de Julho de 1823, após conflitos e ameaças de bombardeio à São Luís, o Maranhão adere à independência;

07 de setembro – Quinta-feira, Independência do Brasil (Feriado Nacional)

Após o grito no Ipiranga proferido por Dom Pedro I, no dia 7 de Setembro de 1822 Pedro I, o Brasil deixa de ser uma colônia de Portugal. Para chegar a esse desfecho rebeliões como a Inconfidência Mineira, em 1789, e a Conjuração Baiana, em 1798, eclodiam, com objetivo de romper a dominação portuguesa sobre o Brasil e estabelecer a independência. Com a vinda da família real ao Brasil, os conflitos com os portugueses tornaram-se ainda mais intensos. Em 1821, D. João VI deixa seu filho como governador do país, ao ter que retornar à Portugal por pressões advindas da queda do Império Napoleônico. A burguesia portuguesa tomou medidas que limitavam a autonomia brasileira e enfraqueciam a autoridade de Dom Pedro e, além disso, exigia a volta do príncipe regente a Portugal. Após declarar que não retornaria para Portugal, D. Pedro I determinou a ruptura política oficial entre Portugal e Brasil;

08 de setembro – Sexta-feira, Aniversário de São Luís (feriado municipal)

No dia 8 de setembro de 1612 era fundada a cidade de São Luís, uma ilha e também capital do Maranhão. Trata-se da única cidade brasileira fundada por franceses. Depois, ela foi invadida por holandeses e, na sequência, colonizada pelos portugueses. O nome da cidade é uma homenagem dada pelos franceses ao rei da França Luís IX, também chamado de “São Luís”;

12 de outubro – Quinta-feira, Nossa Senhora Aparecida (Feriado Nacional)

Conta-se que a aparição da imagem de Nossa Senhora de Aparecida ocorreu em 1717, época das Capitanias Hereditárias. O governante das capitanias de São Paulo e Minas de Ouro estava de passagem pelo Vale do Paraíba, mais precisamente por Guaratinguetá. Animados com a visita, o povo daquela localidade resolveu fazer um banquete e para isso chamaram três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso para lançar as redes no rio e pescar bons peixes. Naquela época, meados de Outubro, não era tempo de peixes, mas rezaram pela proteção e benção da Virgem Maria e de Deus para que pudessem voltar à terra firme com fartura. Depois de inúmeras tentativas sem sucesso, surpreendentemente eles pescaram o corpo de uma imagem. Lançaram novamente as redes e “pescaram” uma cabeça que se encaixou perfeitamente ao corpo. Curiosamente, após a encontrarem, o barco se encheu tanto de peixes que ele quase virou! Desde esse encontro, nos dias de hoje é representado em todo o Brasil no dia 12 de outubro o dia de Nossa Senhora Aparecida, que emociona os fieis com comemorações em todo o país;

02 de novembro – Quinta-feira, Finados (Feriado Nacional)

Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro. O dia de Finados só começou a existir a partir do ano 998 DC. Foi introduzido por Santo Odilon, ou Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny na França. Ele determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos. Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na Itália, adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica. O costume de rezar pelos mortos nesse dia foi trazido para o Brasil pelos portugueses. As igrejas e os cemitérios são visitados, os túmulos são decorados com flores, e milhares de velas são acesas;

15 de novembro – Quarta-feira, Proclamação da República (Feriado Nacional)

O regime monárquico no Brasil iniciou-se em 1822 e findou em 1889, após os regimes de D. Pedro I e seu filho, D. Pedro II. A crise e desgaste da monarquia começaram a se tornar um problema, desde que não correspondiam aos anseios e às necessidades da população e às necessidades sociais que estava em processo. Um sistema em que houvesse mais liberdades econômicas, mais democracia e menos autoritarismo era desejado por grande parte da população urbana do país. Na capital brasileira, Rio de Janeiro, em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca liderou um golpe militar que derrubou a Monarquia e instaurou a República Federativa e Presidencialista no Brasil.  No mesmo dia foi instaurado o governo provisório em que o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu a presidência da República;

25 de dezembro – Segunda-feira, Natal (Feriado Nacional)

A data é o centro das festas de fim de ano e da temporada de férias, sendo, no cristianismo, o marco inicial do Ciclo do Natal, que dura doze dias. Originalmente destinada a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno, a festividade foi ressignificada pela Igreja Católica no século III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano e então passou a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.