O Boi Valente da Ilha (sotaque de orquestra) está nos últimos preparativos para o São João 2017. O boi, que foi revelação nas festanças juninas de 2014, terá novidades este ano. A primeira delas é a inclusão de índios no corpo de baile. “Já era uma ideia que a gente vinha amadurecendo há algum tempo. Este ano resolvemos por em prática, e o resultado foi melhor do que o esperado”, garante o presidente do grupo, Arialdo Moraes. “Tivemos que fazer algumas adaptações nas coreografias para incluí-los [índios], e ficou redondinho. Estamos ansiosos para mostrar as novidades nos arraiais”, completa.

Com a proximidade do início dos arraiais, o ritmo de ensaios – e de bordado – é intenso. “Passamos, praticamente, o dia inteiro bordando as indumentárias, alterando o que precisa ser alterado, incluindo coisas. É um trabalho que nos leva a exaustão. Mas continuamos firmes para apresentar o melhor show possível nos arraiais. O alto padrão de qualidade e a inovação são marcas do Valente desde o seu ano de fundação, por isso ele surpreendeu e agradou muita gente. E nós ficamos muito felizes com isso”, afirma Marta Arruda, diretora do grupo.

Boi Valente da Ilha em apresentação no ano de 2016 Foto: Reprodução

De acordo com Arialdo Moraes, os ensaios duram, em média, cinco horas. “Passamos e repassamos as coreografias diversas vezes para garantir que todos os integrantes do corpo de baile estejam em sintonia”, explica. O presidente do Valente da Ilha não gosta de usar o termo “brincantes”, que é como os dançarinos de boi são popularmente conhecidos. “Isso reforça uma ideia perigosa de que grupos folclóricos são brincadeiras. E nós precisamos deixar de lado essa ideia. Porque o que grupos como o Valente, e tantos outros, fazem é um trabalho muito sério, com muitas dificuldades, para enriquecer a cultura e o turismo do nosso estado”, finaliza.

O batizado do Boi Valente da Ilha está previsto para o início de junho. Quem quiser mais informações pode seguir a página do grupo no Facebook.