Festival Helleluia promete movimentar o Domingo de Páscoa
A 4ª edição do Helleluia, que acontece neste domingo (16), a partir das 17h, no Bar Contra Ponto, na Praia Grande, Centro Histórico de São Luís
São Luís será palco da 4ª edição do Helleluia, que acontece neste domingo (16), a partir das 17h, no Bar Contra Ponto, na Praia Grande, Centro Histórico de São Luís. O evento tem como objetivo manter vivo o movimento underground da Ilha, dando opção para os headbangers (batedores de cabeça) curtir o bom velho rock’n’roll em suas mais variadas vertentes, que vai do grunge, heavy metal, hard core, thrash metal, passando pelo death metal.
O evento pretende reunir a comunidade underground em um show eclético dentro do mundo rock, que, independente de tribo, terá como atração as bandas Hurannia, Vinil de Metal, Stone of Power, Cimitarra, Krishina Dreher, Comando Infernal e Ritos Sombrios do município de Itapecuru-Mirim. Para o vocalista Dedé Correa e fundador da banda Vinil de Metal, o Helleluia é uma grande vitrine não só para quem está começando como para quem já tem uma trajetória solidificada. A banda, que tem um single Sex and rock’n’roll disponível para download no site Palco MP3, está em estúdio gravando uma demo com seis músicas e que deve ser lançado até o final de 2017. “Estamos na estrada desde 2013 e estamos muito felizes de fazer parte deste festival, que também não deixa de ser um meio de mostrarmos o nosso trabalho. A expectativa é a melhor possível. Em nossas apresentações, mostramos um repertório que conta com dez composições autorais e uma versão da música single Ace of Spades, do Motörhead, com chave de ouro”, disse Dedé Corrêa.
Segundo Francisco Carvalho, idealizador dos eventos sistemáticos do Templariuns Studio, assim como o Hellveillon, o Carnametal, o Helloween e o Zombie Walking, este ano o Helleluia vem somar ainda mais para o fortalecimento da cultura headbanger de São Luís. “Este é um evento que abre oportunidade para as novas bandas que estão surgindo tanto aqui em São Luís como no interior do estado e não têm um espaço para mostrar a sua produção. Muita gente se engana, pois nos últimos anos houve um crescimento grande do número de bandas fora da capital que, por mérito próprio, estão conquistando seu espaço e divulgando seus trabalhos por meio das redes sociais em festivais realizados em Bacabal, Santa Inês, Viana, Itapecuru e São Bento”, explicou Francisco Carvalho, que há 27 anos fomenta o meio com suas produções.
Em entrevista a O Imparcial, Francisco Carvalho avaliou ainda que o heavy metal está conquistando cada vez mais o seu espaço na cidade. Prova disso, segundo ele, foi a primeira edição do evento 24 Horas de Rock, que aconteceu nos dias 2 e 3 de maio de 2015, na Praça Maria Aragão, onde reuniu cerca de 12 mil pessoas e que pode acontecer no segundo semestre deste ano novamente. “Com este evento, provamos que roqueiro não é bagunceiro, não é vândalo e tem educação. Durante o evento não aconteceu nenhuma briga, nenhum incidente envolvendo a polícia. Demos um tapa com luva de pelica na sociedade, que ainda vê o movimento com um certo preconceito”, ressaltou o produtor cultural.
Sobre o Helleluia, Francisco Carvalho revelou que o nome do festival faz uma alusão no nome Hell (inferno em inglês) e aleluia (que são cânticos de alegria ou de ação de graças, que do judaísmo passou para a liturgia cristã e ficou ligado especialmente ao tempo da Páscoa). Disse ainda que geralmente o evento é realizado sempre no Sábado de Aleluia, mas este ano ocorrerá no Domingo de Páscoa, por conta de conflito na agenda da casa de show. “Assim como outros festivais, o Helleluia tem uma espécie de “código de autenticidade”, que reforça na cena roqueira na cidade, pois a maioria destas bandas evita o “apelo comercial” e não se vende para atingir o mainstream. Ou seja, o sucesso pelo sucesso”, disse ele, lembrando que, além da música, os cabelos compridos, roupas pretas, casacos de couro, jaquetas ou coletes jeans, patches e camisetas de bandas metal e acessórios ajudam a promover um sentido de identidade cultural dos headbangers.