música alternativa em São Luís

Carcaramundi Festival está de volta, após 10 anos

O evento de música alternativa é uma oportunidade para apresentações de bandas locais e artistas nacionais

Reprodução

As bandas maranhenses Alkalines, Casaloca, Paulão, Raja, Suave Django e o cantor piauiense Severo foram selecionados para o Carcaramundi Festival que acontece hoje (15), a partir das 17h, na Fanzine Rock Bar, Centro, próximo à Avenida Beira-Mar. O evento, que está de volta após 10 anos da primeira edição, contará ainda com a participação do cantor Assis Medeiros, Nômades Calças Vermelhas e a banda de hip hop Catch a Fire.

Nesta versão, o público terá a oportunidade de conhecer o trabalho do cantor e compositor paraibano Assis Medeiros, que já morou em São Luís e hoje encontra-se radicado em Brasília. O músico já gravou os álbuns Pirata, Burrodecarga e Baiãozinho Nuar, trabalho que apresentava canções populares com esse ritmo de baião e o álbum Lâmina só de canções pops. No repertório, novos e antigos sucessos como Sempre ser, Fogo, Agora, Sombra seca, Animal’ e Tudo é pop, um reggae popular que trás belos sons de metais, e Aviso, um longo blues de execução singela e sutil. Assis é mestre em criar climas que surgem através de palhetadas certeiras de solos simples e precisos.

Outra atração é banda Nômades Calças Vermelhas que mistura de rock e afoxé. Formada por Emilio Sagaz: (vocal), Fernando James (guitarra e back vocal), Luís Cruz (bateria) e Fernando Japona (contra baixo) Os Nômades Calças Vermelhas expressam uma “toada pop”, misturando uma linguagem universal da música com a essência regionalista maranhense, apresentando letras inspiradas no cotidiano do seu Zé até o (des)amor da menina.
A banda, que nasceu em 2015, apresentará um repertório de singles do seu EP de estreia. Entre elas, Campo Minado, A Labareda, São Pantaleão, Macumba Ba Ba e a faixa-título. O Segredo da Maçã, que conta com cinco faixas, foi gravado em 2015, na House Drums e Casa Louca, e conta com a produção de Adnon Soares (integrante das bandas Boys Bad News e Soulvenir). As influências permeiam de Noel Rosa, Tom Zé, Ary Lobo, Jorge Ben, Alceu Valença, Belchior, Waly Salomão, João do Vale, Black Alien, Bob Marley, James Brown, Red Hot Chili Peppers, Audioslave, além de ritmos nordestinos, indígenas e africanos, entre outros.

A banda Casa Loca também será outra atração que promete fazer a diferença no Carcaramundi Festival. Formada por F.Spotti (voz e letras); Adnon Soares (guitarra e voz); Luciano Ricardo (bateria); Rafinha (baixo); DJ Alladin (pick-ups); Dark (percussão) A banda lançou seu primeiro disco, Um de Onze”, no final de 2014, com onze faixas gravadas no velho e bom “take one”. O disco já está no terceiro milheiro de cópias e continua sendo consumido e descoberto pelo público. Segundo Fernando Spotti, a linha de vocal é votada pro Rap, mas seria um equívoco limitar o gênero musical da banda. Em cada faixa fica evidente que a sonoridade passeia por diversos gêneros, como o rock, funk, blues, baião, entre outros. “Portanto quando alguém pergunta qual o gênero da Casa Loca, a resposta vem na lata: música”, afirma o músico.

A primeira edição do Carcaramundi aconteceu em novembro/2007, no antigo Circo da Cidade, no Centro Histórico e contou com participações de bandas como Forró pé de Samba, “NegoKa’apor”, 5ª Potência, Célia Sampaio, Radio Zion, Chico Nô, Lomanto e Banda, Fogo Cordas e Tarrachas, Erivaldo Gomes, Dicy, Mythra, Cravo da Ilha, Banzeiro, Seno DIVULGAÇÃOde Téta, Arsenal MCs (
Balsa -MA) além de outras.

Em entrevista a O Imparcial, o cantor e compositor Beto Enhogue, produtor do evento, afirmou que o festival abriu oportunidades para bandas do Brasil inteiro participar. “Foram 137 artistas inscritos, dentre eles, pelo menos metade era de fora do estado. Isso mostra a força e o respeito que nós temos quando o assunto é criatividade aliada a responsabilidade”, explicou Beto Enhogue, ressaltando que o número de inscritos revela a falta de espaço para as novas produções que estão surgindo.

O produtor acrescentou que inscrições foram feitas através da plataforma Toque no Brasil, que atua como uma rede de cultura e comunicação coletiva em 26 estados do Brasil mais o DF, com parcerias em 15 países da América Latina sob os princípios da colaboração, do protagonismo, da autonomia, do midialivrismo e do compartilhamento livre de conhecimentos.

A seleção dos artistas e das bandas foram selecionadas por uma curadoria local. “Foi a forma mais democrática que encontramos para selecionar os artistas dar mais credibilidade ao festival. A nossa intenção é construir um espaço de intercâmbio entre as bandas e o público para que tenham acesso a estas novas propostas musicais que estão surgindo”, acrescentou Beto Enhogue.

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