Ed Sheeran tem mais de 1 bilhão de visualizações no Youtube
Britânico une fórmulas conhecidas pelos fãs, mas investe em novas sonoridades e aposta em tipos de mensagens diferenciadas
Desde o lançamento do primeiro álbum, o britânico Ed Sheeran ficou conhecido por bater recordes no mundo da música. E não foi diferente quando o artista lançou o terceiro disco da carreira, ÷ (mais conhecido como Divide). Em 24 horas, o material vendeu 232 mil cópias físicas e digitais, batendo o antecessor X (Multiply), que atingiu o mesmo número em uma semana. Além disso, o novo CD conquistou a marca de um bilhão de visualizações no YouTube, segundo a Billboard.
Divide foi lançado oficialmente no último dia 3, antes Sheeran havia divulgado dois singles, que haviam ido muito bem, as faixas Castle on the hill e Shape of you. O material completo chegou ao mercado após um período de hiato de Ed Sheeran, que revelou que ficaria um ano longe do mundo da música. “Eu só quero sair, viver e dirigir em lugares, ouvir músicas e ter conversas normais com as pessoas. Voltar a normalidade”, anunciou, na época, em entrevista ao jornal The Sun.
Essa pausa fez bem ao cantor, que voltou ainda mais maduro no novo álbum de inéditas, trazendo letras de positividade unidas a tradicional “sofrência”, característica dos artistas britânicos, a exemplo de Adele e Amy Winehouse. Das 16 faixas, prevalecem as composições mais animadas e alegres, como New man, What do I know? e Shape of you.
Sonoridade eclética
Em questão de sonoridade, Divide mescla pop, folk e até rap (visível em canções como Eraser e Galway girl). O tradicional (e fiel companheiro de Ed Sheeran) violão está lá, garantindo o ar mais acústico do folk, mas também estão lá os sintetizadores dando uma característica mais pop e até dançante ao material.
Apesar de seguir uma fórmula já usada por ele mesmo, em Divide, Sheeran se desafia e sai de sua zona de conforto fazendo com que seu trabalho se torne mais eclético e comercial. Em Bibia be ye ye, por exemplo, o britânico trabalhou com Fuse ODG, um cantor de Gana, o que trouxe uma batida africana para a canção. Já em Eraser é possível perceber a presença de uma sonoridade da cultura do flamenco, enquanto em Nancy Mulligan aparecem os violinos irlandeses.