‘A terra chora’, novo projeto do Grupo Teatrodança, estreia em São Luís
Sessão de estreia da temporada 2017 ocorrerá a partir das 19 horas, no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM).
A relação entre o sagrado, a natureza e a vida formam o ponto de partida do espetáculo “A terra chora”, que ganha os palcos maranhenses durante todo o ano de 2017. A estreia ocorre no dia 5 de janeiro, no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), a partir das 19 horas, com capacidade máxima para 30 pessoas. A entrada é gratuita.
Baseado na cultura indígena e com referências diretas à escrita do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano (falecido no dia 13 de abril de 2015), o espetáculo, uma realização do Grupo Teatrodança, encara a tarefa de expor, ao público, a relação profunda do indivíduo com a natureza e como os seres se conjugam para garantir a vida no planeta.
Surgida há alguns anos, a ideia do espetáculo foi abraçada pelo falecido escritor, que concedeu os direitos de uso de “O Livro dos Abraços”. Mas, na lentidão que o processo exigia, os direitos acabaram retirados com a morte de Galeano. Após o acolhimento do Instituto Gurdjieff, em Belo Horizonte, o projeto ganhou novo ritmo e firmou raízes, que foram se desenvolvendo até alcançar participações especiais.
Somaram-se ao projeto o cineasta e músico Ramusyo Brasil, e os musicistas João Simas e Luciano Linhares – participações decisivas para incorporar as sonoridades rítmicas que captassem, com louvor, a angústia da civilização indígena em permanente extermínio.
“A terra chora”, uma epifania das formas de vida somada aos pensamentos de Gurdjieff com a cultura indígena, tem direção assinada por Júlia Emília e, além dela, o dançarino-criador Victor Vihen na atuação.
Grupo Teatrodança
O Grupo Teatrodança foi fundado em São Luís do Maranhão, no ano de 1985. A produção inicial, Bar do Porto, enfrentou o desejo de renovar, manter a disciplina técnica e o amor pela dança. Em seguida, vieram espetáculos como “Coração Terreiro”, “Poema”, “Sete Saias e Muitos Caminhos”, “Embarcações”, “Berlim-33”, entre outras.
A partir de 1998, o coletivo artístico investiga as questões do corpo e corporeidade na cena e dialoga com a antropologia e expressividade das tradições populares em “Bicho Solto Buriti Bravo”, uma parceria com o poeta Ferreira Gullar e o compositor Zeca Baleiro. A pesquisa recebeu a Bolsa Virtuose/Minc e fez intercâmbio de processos na Universidade de Buenos Aires, Danzario Americano e Fondación Río Abierto.
Ao longo das últimas décadas, o Grupo figurou nos principais eventos culturais de São Luís e em todo o Brasil, como Aldeia Sesc-Guajajara de Artes, Mais Cultura e Turismo, Feira do Livro, Semana Maranhense de Dança, Semana do Teatro, Conexão Dança, Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, Palco Giratório-SESC, entre outros.
Serviço:
O quê: estreia do espetáculo “A terra chora”;
Quando: dia 5 de janeiro de 2017;
Entrada; gratuita.
Onde: Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), no Centro Histórico de São Luís;
Horário: 19h;
Capacidade: 30 pessoas.